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Palavra do Presidente
Tarifaço de Trump e o tarifaço do Banco Central (Juros Altos)
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
MIGUEL TORRES
A explosiva combinação de juros altos com o Tarifaço está prejudicando a economia brasileira e tirando o sono do setor produtivo, que gera emprego e renda. A taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, está estrangulando a economia e o consumo e prejudicando as campanhas salariais do segundo semestre. Já o Tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil cria um grande problema para as exportações de diversos setores.
Precisamos urgentemente de redução de juros para a atividade econômica se manter. Continuar com a atual taxa de juros impõe um forte obstáculo ao desenvolvimento do País. Mesmo com as mudanças no Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), os seus membros continuam, infelizmente, se curvando aos especuladores e virando as costas para a classe trabalhadora. Vamos continuar protestando contra os juros extorsivos, que vão na contramão do desenvolvimento do País.
Além de pressionar o Banco Central para baixar os juros, queremos chamar a atenção da população para que entenda o quanto a Selic alta afeta sua vida. Trabalhador (a), você quer trocar seu carro? Saiba que, por causa disso, você vai pagar por dois carros, ao invés de pagar só por um. Se o valor do crédito, ou seja, se os juros cobrados para um empréstimo são abusivos, o empresário não investe na ampliação do negócio e não abre mais vaga de emprego.
Então, essa luta pelos juros baixos, por uma Taxa Selic baixa, é uma luta de todos nós. O Brasil está entre os maiores pagadores de taxa básica real (juros acima da inflação) do mundo, enquanto o País bate recorde em empresas com pedido de recuperação judicial.
Juros altos são uma forma de asfixiar economicamente o setor produtivo. Sem corte relevante perderemos na Taxa, estamos perdendo as chances de iniciarmos um crescimento sustentável. É importante ressaltar que juros em patamares proibitivos sangram as divisas do País e inviabilizam o desenvolvimento e o investimento, e, consequentemente, a geração de empregos com mais renda.
A questão do Tarifaço traz enorme preocupação para o setor produtivo. O País poderia perder milhares de empregos em razão das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. As Centrais Sindicais já fizeram alertas, com atos e duras críticas à maneira tirânica e ao descaso do governo norte-americano.
Representantes de seis centrais sindicais entregaram na OMC (Organização Mundial do Comércio), na Suiça, um documento exigindo maior protagonismo da OMC e um relatório com questionamentos sobre a falta de reciprocidade do atual mandatário da Casa Branca.
Acreditamos, ainda, que apenas a implantação de uma política econômica eficaz, com juros baixos, busca de novos mercados para reduzir danos do Tarifaço e intensos investimentos no setor produtivo viabilizarão um projeto efetivo de desenvolvimento para o País.
Mas precisamos de juros baixos e combater o Tarifaço já!
A luta faz a Lei!
E vamos continuar nossa luta contra esses dois fantasmas da economia que assombram a economia brasileira atualmente.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS)





























