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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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Paulo Pereira da Silva
Crescimento com mais empregos e juros menores
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Paulo Pereira da Silva
O aumento da taxa Selic em 0,75 pontos percentuais determinado pelo Banco Central é abusivo e está fora da tendência de evolução da inflação porque a alta recente dos preços das mercadorias foi provocada pela redução da oferta e não pela demanda. Por isso, o aumento do juro básico é inoportuno e inconveniente.
Hoje a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano — a maior do mundo. Os argumentos da autoridade monetária para justificar a decisão são estapafúrdios. A iniciativa do BC é resultado das cabeças de tecnocratas que não saem de seus gabinetes para ver como funciona o Brasil real.
O presidente do BC Henrique Meirelles, numa posição reacionária, tem apostado contra o crescimento econômico e contra a geração de emprego e de renda. O banqueiro tem ojeriza ao desenvolvimento da nação, o que o coloca na contramão da política econômica do governo Lula.
Meirelles anunciou o aumento da Selic (numa reunião em que o Copom rachou, pois foram 5 votos a três) no mesmo dia em que o Brasil ficou sabendo que o PIB cresceu 6% no primeiro semestre deste ano na comparação com os seis primeiros meses do 2007.
O movimento sindical precisa urgentemente pressionar para tirar estes conservadores do governo para que o país seja posto na rota do crescimento econômico para dividir a riqueza com os trabalhadores.
Precisamos lutar por juros menores, por melhores salários, por geração de emprego. É claro que o país tem crescido. Mas abaixo da evolução das economias emergentes como a da China, da Índia, da Rússia, da Venezuela e da Argentina.
A política do BC, na verdade, defende interesses de poderosos, do capital financeiro e dos grandes investidores nacionais e internacionais, que manipulam o mercado de capitais. O aumento de juros, na prática, significa transferência de renda do país para o setor financeiro.
Em vista disso, a Força Sindical defende que os trabalhadores, além das reivindicações por melhores salários e condições de trabalho, tem de lutar pela redução drástica da taxa de juros, pelo crescimento do PIB, geração de emprego e distribuição de renda.