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Paulo Pereira da Silva
Crescimento e lucratividade motivam greves por salário
terça-feira, 7 de junho de 2011
Paulo Pereira da Silva
Parte da imprensa brasileira tem repercutido com fidelidade as posições empresariais a respeito das lutas dos trabalhadores por ganhos reais de salário e de produtividade. Em geral, a abordagem é enfadonha: salários mais altos ameaçam o emprego, vão provocar aceleração da inflação e aumentar o desemprego.
O objetivo é amedrontar os trabalhadores e assim reduzir o ímpeto das lutas por mais benefícios e melhores condições de trabalho. O discurso destes setores, que não tem nada a ver com os interesses dos trabalhadores, é antigo, porém, muitas vezes, ainda funciona. E volta e meia ouvimos líderes sindicais e até pessoas bem intencionadas com este mesmo discurso.
É preciso ficar claro para todo mundo e para os empresários e seus assessores, em particular, que vamos intensificar a nossa luta com a finalidade de melhorar as condições de vida do povo brasileiro.
Faremos greve onde for preciso, atrasaremos a entrada dos turnos e manifestações e atos de protesto serão deflagradas em busca de nossas bandeiras. O movimento sindical está maduro e não reivindica nada fora da realidade.
Primeiro, é preciso destacar que o crescimento acelerado da economia tem motivado as lutas por rendimento e saúde e segurança nas empresas. Em segundo, as reivindicações de aumento real de salário e PLR têm levado em conta os índices de produtividade de empresas e setores econômicos.
Por último, em todos os acordos os resultados obtidos pelos sindicatos, seja no item relativo ao ganho real, seja no pleito sobre a PLR, os ganhos têm ficado abaixo da lucratividade e produtividade contabilizadas pelas empresas. Portanto, não adianta tentar nos amedrontar; a luta será intensificada.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical