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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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Paulo Pereira da Silva
Maioria da Câmara defende empresários
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Paulo Pereira da Silva
Não será fácil incluir a PEC 231/95, da redução da jornada de trabalho, na pauta da Câmara dos Deputados no início de 2010 porque a Casa não tem interesse em votar a matéria — e muito menos aprová-la — porque a maioria dos deputados está ligada aos empresários e aos ruralistas.
Apenas 53 companheiros vêm do movimento sindical e das profissões liberais. Os nascidos na classe operária são minoria. Nossa proposta mexe com os interesses de classe porque vai diminuir o lucro empresarial, caso a redução do tempo de trabalho venha acompanhada da manutenção do salário e da moralização da hora extra e do banco de horas.
Como a maioria do Congresso apoia os empresários, só conseguiremos passar a PEC com muita pressão sobre os parlamentares. Os sindicatos e federações precisarão mobilizar os trabalhadores nas bases. Fazer passeatas, manifestações e greves para fechar acordos de 40 horas com as empresas e com os grupos patronais.
Nossa vigília na Câmara dos Deputados vai complementar a luta. Se preciso for, organizaremos acampamentos dentro ou fora da Casa. O PDT já aprovou que vamos votar somente os dois projetos do Pré-Sal e depois trancar a pauta de votação.
Exigimos que se inclua a PEC na pauta de votações para aprovar a proposta no início do ano, caso contrário, vamos impedir a votação de todos os projetos em curso na Câmara. Os outros partidos da base aliada vão apoiar a iniciativa do PDT. A tendência é o PCdoB, PSB e PV anunciarem logo sua adesão ao trancamento da pauta. Esperamos que os parlamentares do PT também nos apoie.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho
Presidente da Força Sindical e Deputado Federal – PDT/SP