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[caption id="attachment_68591" align="aligncenter" width="2560"] Presidente da Força Sindical reúne-se com sindicalistas da Central em Rodônia[/caption]
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Paulo Pereira da Silva
Queremos participar da divisão da riqueza
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Paulo Pereira da Silva
A decisão do governo federal de recuar na proposta de venda das ações da Petrobrás para os trabalhadores frustrou as expectativas do movimento sindical, que é a favor de socializar o capital e defende a distribuição de renda para que os empregados lucrem com as riquezas do País.
Os companheiros que adquiriram ações da estatal do petróleo em 2000 contabilizaram uma lucratividade de 750%, enquanto o rendimento dos depósitos do FGTS ficou em torno de 50%. Sabemos que parte do governo é a favor da comercialização das ações.
No entanto, outro setor, capitaneado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, é contra a participação dos trabalhadores no capital das estatais. Infelizmente.
Além dos benefícios que tal iniciativa poderá trazer para os trabalhadores, a compra de ações pode ser um mecanismo poderoso para capitalizar a Petrobrás em face de suas necessidades de recursos para explorar petróleo e gás na camada pré-sal. A medida é positiva é só traria benefícios para o Brasil.
A Força Sindical é favorável à proposta. Os trabalhadores que quiserem devem investir seus recursos do FGTS na compra de ações da Petrobrás e de outras estatais lucrativas e bem administradas. A nossa Central foi a principal incentivadora quando o governo de FHC decidiu vender ações da estatal aos trabalhadores em 2000.
Informamos que iremos convidar todas as demais centrais sindicais para a realização de uma reunião para discutir o tema. A intenção é levar a reivindicação de opção de compra das ações da estatal ao presidente Lula.
Precisamos também encontrar uma solução negociada para a Portaria 186, pois estamos convencidos que o ingresso de Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) pelas confederações no STF (Supremo Tribunal Federal) dificulta a solução da questão.
É que, enquanto o STF não julgar a ação, o ministério do Trabalho não poderá debater a questão com o movimento sindical.
Por isso, o ideal é retirar a Adin do Supremo e negociar uma solução para o problema.
Temos de levar em conta que setores do movimento sindical vêem na Portaria 186 uma brecha para a quebra da unicidade, garantida na Constituição Federal.