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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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Paulo Pereira da Silva
Sociedade fica na bronca com o BC
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Paulo Pereira da Silva
A sociedade ficou revoltada com o conservadorismo do Banco Central (BC) que reduziu a taxa Selic em apenas um ponto e meio percentual, quando trabalhadores e empresários exigiam um corte profundo, de tal forma que a taxa anual ficasse em torno de 8%.
Além disso, defendemos uma diminuição no spread bancário, reuniões do Copom a cada 15 dias, maiores recursos para investimentos nos setores geradores de mão-de-obra e mais crédito para o consumo.
O governo acertou somente quando providenciou um corte generoso do IPI sobre os automóveis e ampliou o seguro desemprego para alguns grupos de trabalhadores.
Nossas propostas têm um claro objetivo de incentivar o consumo popular. Estamos convencidos que juros altos são um convite à especulação e proporcionam excelentes rendimentos ao setor bancário em detrimento da indústria, comércio e agropecuária.
Queremos, e disto não abrimos mão, que o governo federal incentive a produção para que haja incremento do emprego e do trabalho decente, com mais riqueza e distribuição de renda. Estes são os objetivos principais do movimento sindical neste momento de aprofundamento da crise.
Os trabalhadores estão convencidos que ao permanecer a atual política de juros altos do Copom a tendência será de aprofundamento do desemprego e da pobreza. De imediato, teremos reflexos negativos nas campanhas salariais do primeiro semestre do ano.
Serão fechados muitos acordos sem aumento real e, em muitos casos, sem sequer repor a inflação do período, o que vai diminuir em muito o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Dados do Dieese mostram que os assalariados conseguiram aumento real em 77,6% dos acordos salariais realizados no ano passado, em comparação com 2007, conforme levantamento do Dieese a partir de 706 negociações feitas no país.
Os resultados não tão bons para os trabalhadores são decorrentes do aumento da inflação no ano passado, por conta da aceleração dos preços das commodities. De qualquer forma, a pesquisa mostra que a tendência para 2009 é de redução dos ganhos dos empregados, se o movimento sindical não partir para a briga.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical