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Paulo Pereira da Silva
Superação da crise requer cooperação entre países
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Paulo Pereira da Silva
A economia começa a apresentar números que mostram uma pequena recuperação de setores importantes como a construção civil, tanto leve quanto pesada, químico e automobilístico, cuja produção em janeiro dobrou em relação a dezembro de 2008.
Esta pequena reativação está relacionada à boa gestão na condução da economia brasileira, assim como em decorrência da ação do movimento sindical e dos empresários. A unidade dos trabalhadores e dos empresários foram fundamentais para a redução do IPI para carros populares, pequena queda da taxa Selic e mais recursos para o crédito.
Mas queremos ainda um corte drástico da taxa básica de juros (Selic), intervalos menores das reuniões que definem a Selic, diminuição dos spreads bancários e ampliação do número de integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Infelizmente, as iniciativas dos trabalhadores, empresários e do próprio governo podem ir por água abaixo, caso o governo norte-americano lance mão de medidas protecionistas para jogar os custos da recessão para outros países, sob o falso argumento de que medidas desta natureza seguram os empregos.
Nada mais falso. Tais medidas vão agravar a crise no mundo, pois a tendência, conforme mostra a história, será a imposição de barreiras comerciais por todos os países que forem atingidos.
O governo brasileiro precisa acionar urgentemente a OMC para que este organismo aja contra as medidas protecionistas dos países ricos, que já prejudicam alguns setores econômicos do Brasil, como o eletroeletrônico.
A coisa vai ficar pior para nós se o governo dos EUA determinar que nos projetos de infraestrutura tem de ser usado aço norte-americano. Haverá demissões no setor siderúrgico e podemos entrar em recessão.
Para a Força Sindical, a crise atual se enfrenta com mais produção e mais empregos. No comércio internacional deve se difundir a prática da cooperação entre os países, como vinha apregoando presidente Barack Obama em discursos recentes.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho, pres. da Força Sindical