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Paulo Pereira da Silva
Temos propostas para enfrentar a crise
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Paulo Pereira da Silva
Os trabalhadores estão enfrentando a crise com a elaboração de propostas concretas capazes de reativar o crescimento econômico e de gerar empregos. Nós, da Força Sindical, mais a CTB, UGT, Nova Central e CGTB, acabamos de assinar "o manifesto contra a crise" que reivindica a redução drástica e rápida da taxa básica de juros, diminuição do spread bancário, reuniões do Copom a cada 15 dias e a participação dos trabalhadores no Conselho Monetário Nacional.
Dias atrás, o governo federal recebeu outro documento dos representantes dos trabalhadores propondo o incremento de investimentos no consumo popular com garantia de emprego, ampliação das parcelas do seguro desemprego e uso de verba pública para a qualificação profissional.
Além disso, em negociações com a Fiesp a Força Sindical tirou um protocolo de entendimento indicando que, diante da possibilidade de uma onda de demissões, sindicatos e empresas devem sentar à mesa para negociar. Apontamos que, temporariamente, as partes deveriam lançar mão de dispositivos que constam da CLT e apresentar para a deliberação dos trabalhadores.
Para segurar as demissões, sugerimos a concessão de férias coletivas, licença remunerada, banco de horas, suspensão do contrato de trabalho e redução da jornada com corte nos salários. A iniciativa não visa tirar direitos dos trabalhadores porque os itens propostos fazem parte da legislação trabalhista.
Neste momento, de agravamento da crise financeira, o centro da luta, a prioridade, tem de ser a manutenção dos empregos, o crescimento econômico e a manutenção dos direitos trabalhistas. O que se queria a gente já conseguiu, que era criar uma condição de negociação, e não de demissão. Acordos já estão acontecendo e reúnem sindicatos e empresas, ficando a aprovação ou não para a assembléia dos trabalhadores.
Mas precisamos pressionar mais o governo para que sejam anunciadas logo a ampliação das parcelas do seguro-desemprego e a implementação de todas as propostas do movimento sindical. Não podemos esperar mais por soluções porque a crise ainda vai durar uns quatro meses.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho, pres. da Força Sindical