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Rio de Janeiro (RJ): Encontro setorial da Construção e da Madeira debate desenvolvimento sustentável no setor
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Rio +20
Renato Ilha
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A importância da Conferência da ICM (Internacional dos Trabalhadores na construção e Madeira) sobre Indústrias Sustentáveis, que integra os encontros setoriais da Rio+20, mereceu a atenção da vice-presidente da Força Sindical, Nair Goulart, em reunião de lideranças sindicais mundiais, que se realiza entre 11 e 14 de junho, no Hotel Atlântico, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.
As discussões do primeiro dia do encontro setorial giraram em torno da retrospectiva da participação do movimento sindical internacional em fóruns multilaterais, como a Rio+20, e o surgimento de novos desafios ao mundo do trabalho sem que os antigos problemas fossem resolvidos. A questão do desenvolvimento sustentável e o impacto das mudanças climáticas nas transformações da indústria, nos empregos que serão criados ou destruídos e as normas de trabalho que serão aplicadas, foram levantados a partir da ótica do trabalho decente, em um grupo que envolve quase 200 milhões de trabalhadores no mundo.
“Os trabalhadores do setor da construção e da madeira lutam por um modelo de sustentabilidade que gere empregos de qualidade, pois essa é a melhor maneira de enfrentar as crises econômicas, ambientais e sociais no mundo”, destaca o secretário-geral da ICM, Albert Yuson. Para a ICM – disse – os sindicatos devem criar ações locais para não ficar na dependência de acordos multilaterais globais.
Também a precarização das relações de trabalho, a ameaça à liberdade sindical e a violação de direitos, bem como a pobreza e a exclusão, tornam urgente a necessidade de ampliar o pilar social do desenvolvimento sustentável, explica Nilton Freitas, representante regional da ICM para a América Latina e Caribe, apontando criação de empregos decentes – incluindo os chamados empregos verdes – como alternativa progressista.
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Em sua fala, a representante da Força Sindical ratificou a posição da central de proteção ao trabalho e todas as implicações desde o momento em que o trabalhador sai de casa e fica à disposição da empresa, até o momento em que retorna, como prega a tese do Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nair Goulart, que é presidente adjunta da Confederação Sindical Internacional (CSI), argumenta que é impossível pensar em superar as crises sem que haja empregos de qualidade e respeito às normas trabalhistas.
A Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) é uma federação sindical internacional que representa cerca de 12 milhões de trabalhadores em mais de 120 países, incluindo as principais organizações sindicais do setor no Brasil.