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Rio de Janeiro (RJ): Um programa em defesa das cidades e da cidadania
segunda-feira, 18 de junho de 2012
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A plataforma é uma agenda para a sustentabilidade das cidades que aborda as diferentes áreas da gestão pública, em 12 eixos temáticos, que incorporam de maneira integrada as dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural. Ela contém indicadores gerais, associados aos eixos da plataforma, e básicos – ou mínimos – que farão parte dos compromissos de candidatos a prefeito. Outra ferramenta é a apresentação de casos exemplares e referências nacionais e internacionais de excelência para a melhora integrada
Classificada por ele como essencial, a questão das cidades ganha destaque em um ano de eleições para os cargos de prefeito e vereador no Brasil, o que faz com que o projeto possa comprometer de partidos e candidatos com a idéia da sustentabilidade das cidades e confirmar o engajamento a partir da assinatura de uma Carta de Compromisso.
O programa, estruturado como uma agenda de ações e iniciativas, “propõe um futuro sustentável para as comunidades, visando um ideal de cidades inclusivas, prósperas criativas, educadoras, saudáveis e democráticas, que proporcionem qualidade de vida aos cidadãos e permitam a participação da sociedade”. A intenção é criar empregos numa economia baseada no conhecimento, no combate à pobreza e exclusão social, com o poder de assegurar efetiva proteção ao meio ambiente, responder às alterações demográficas e garantir a diversidade cultural.
FERRAMENTA – Oded Grajew (na foto, ao lado da vice-presidente da Força Sindical e presidente adjunta da CSI, Nair Goulart) afirmou que o programa Cidades Sustentáveis é uma ferramenta para assumir desafios e aceitar responsabilidades, elaborar políticas públicas para a sustentabilidade e promover processos locais e regionais. Ele apontou o exemplo da cidade de São Paulo, cujo desperdício de água na rede pública é na ordem de 26%. Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Popular Socialista (PPS) já assumiram publicamente o compromisso com a plataforma.
Respondendo à indagação de Jane Argollo, coordenadora do Fórum Social Porto Alegre e do Ponto de Cultura La Integracion, sobre a capacidade do projeto de medir a eficácia do comprometimento do candidato eleito, Grajew respondeu que o acompanhamento é mostrado “on line”, por meio de relatórios publicados na internet, o que pode fortalecer o eleito, como também torná-lo vulnerável à crítica dos eleitores e a ataques de concorrentes em futuros pleitos.
Entre as lideranças que assistiram à palestra de Oded Grajew, destaque para a representante do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, Daniely Votto Fontoura; o diretor de Meio Ambiente da Força Sindical-RS, Lélio Falcão, e o advogado Sérgio Roque, diretor da Aldeia da Criança (ligada à Aldeia Global) e diretor da Sociedade Caatiba de Preservação ao Meio Ambiente e Cultura.
O DILEMA DAS CIDADES – Metade da humanidade hoje vive nas cidades. Em 2030, serão 60% de moradores e, em 2050, serão cerca de 70% da população que habitará os municípios. No Brasil, a concentração urbana chega a 85% e com o crescimento das cidades também aumenta a dificuldade de manter o equilíbrio espacial, social e ambiental.
O Banco Mundial considera que quatro bilhões e crianças não têm acesso aos benefícios da globalização e 11 milhões delas morrem anualmente por falta de um copo de leite ou por falta de água potável. O número de pessos que passam fome também é alarman te: 1,02 bilhões.