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Acidente aéreo não foi uma fatalidade e sim um crime
quarta-feira, 18 de julho de 2007
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Há mais de 10 meses, o Brasil está vendo que nosso sistema aéreo está defasado. Faltam equipamentos, adequação das pistas, aumento de efetivo de trabalhadores no setor. Desde o acidente do vôo 402 da TAM em 1996, os trabalhadores que atuam na aviação civil têm cobrado do governo a diminuição do número de operações em aeroportos centrais, como o de Congonhas (São Paulo) e o Santos Dumont (Rio de Janeiro), em função do risco resultante desses vôos no meio de grandes centros urbanos.
O desastre com o Airbus A320 da TAM no Aeroporto de Congonhas agrava a crise aérea do país e coloca em xeque todo o sistema de aviação brasileiro. O acidente não pode ser visto como uma fatalidade e sim um crime, resultado do descaso das autoridades competentes na regulação e fiscalização do setor aéreo e da corrida das empresas do setor por redução de custos.
A Força Sindical-RS exige a apuração dos fatos, como o fechamento e a redução expressiva de vôos nos aeroportos, bem como a adequação das pistas de pouso, a fim de que, em primeiro plano, seja considerada a segurança de passageiros e tripulantes, para depois se pensar em crescimento do setor aéreo.
Quantas pessoas ainda terão que morrer para que seja tomada uma solução definitiva para a crise na segurança de vôos e nos aeroportos do país?
Cláudio Janta – presidente da Força Sindical-RS