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Acidentes de trabalho: é em casa que o trabalhador faz falta
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
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Enquanto na televisão é veiculado uma campanha pela redução dos acidentes de trabalho, nos deparamos com notícias como essa: “Neste domingo, Marcos José Belleti, 48 anos, morreu ao ser atingido por um contêiner, durante o descarregamento de um navio no Porto de Itajaí” (DC).
A cada duas horas acontece uma morte por acidente de trabalho. Já os acidentes que incapacitam e afastam os trabalhadores das suas atividade, acontece a cada três minutos. Essa é a realidade do trabalho que acidenta, que incapacita e mata.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho ocorrem anualmente no mundo aproximadamente 270 milhões de acidentes de trabalho. Mais de 150 milhões de trabalhadores sofrem de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB Mundial quando esses trabalhadores necessitam ficar afastados por tempo indeterminado ou precisam ser aposentados por invalidez.
O mais estarrecedor é que os dados denunciam a exploração infantil. De todos esses números de trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil.
E a campanha do Tribunal Superior do Trabalho alerta: é em casa que essas pessoas fazem falta.
E então até aonde vamos conseguir ler noticias de acidentes do trabalho com naturalidade se a estatística deveria ser zero
Nós buscamos a diminuição de tudo isso com uma receita simples: a redução da jornada de trabalho.
Reduzir a jornada é diminuir os acidentes ou doenças relacionadas do trabalho. É dar mais qualidade de vida para os trabalhadores, atenção a família, tempo livre pro lazer e acima de tudo, mais dignidade.
A prova disso são as pesquisas que apontam uma redução drástica nos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
A Previdência Social também agradeceria, já que os números dos acidentes com lesões em 2009 chegaram a 723 mil.
E o nosso trabalho não para por ai. Lutamos incansavelmente por melhorias nos ambientes de trabalho que garantam a todos os trabalhadores uma melhor qualidade de vida com trabalho decente.
Agora, depende também de você lutar para que esses números de mortes e acidentes do trabalho reduzam. Vamos clamar por melhores condições de trabalho e principalmente, pela redução da jornada sem redução salarial.
Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical de SC