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Ampliar o espaço da mulher!
segunda-feira, 11 de março de 2013
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O maior avanço social, coletivo, dos últimos 50 anos foi a gradativa e continuada conquista de espaço, autonomia e poder pelas mulheres. Esse fato marca um avanço na própria civilização, ainda muito contaminada pelo machismo e exagerado poder masculino.
A ideia de igualdade entre homens e mulheres é um conceito forte e progressista. Tanto assim que está contemplada na própria Constituição de 1988, cujo Inciso I, do Capítulo I, “Dos direitos e garantias fundamentais”, não deixa dúvidas: “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”.
Tempos depois, houve importante avanço legal, com o advento do novo Código Civil, que estabeleceu a cidadania da mulher, até então tratada pelo mesmo Código como ser de segunda classe.
Mais recentemente, e já no governo Lula, a sociedade brasileira conquistou a “Lei Maria da Penha”, que constitui uma barreira efetiva em defesa da mulher e um recurso concreto contra a violência doméstica.
Nas Convenções Coletivas de Trabalho, o sindicalismo sempre busca ampliar as garantias à trabalhadora. Em Guarulhos, sempre defendemos licença-maternidade de 180 dias, e esse direito, hoje, já está consolidado na prática em nossa base.
O avanço das mulheres já chegou ao Congresso Nacional, onde atua uma combativa bancada feminina, que apresenta ou defende projetos de valorização da mulher.
Onde os avanços são mais lentos? No Executivo. Está certo que a Presidente Dilma nomeou várias ministras para Pastas estratégicas. Mas esse compromisso não se revela nos Executivos Municipais e Estaduais. Na prática, são poucas as mulheres à frente de Secretarias e a maior parte dos cargos estratégicos acaba ficando nas mãos dos homens. Aliás, na Prefeitura de Guarulhos não é diferente. Prevalece uma forte hegemonia masculina nas Secretarias e nos cargos de maior peso.
A mulher, hoje, já é maioria do eleitorado e pode decidir qualquer eleição em nosso País. Falta, no entanto, fazer valer o peso dessa maioria e, para isso, os avanços legais não têm força suficiente. É preciso que governadores e prefeitos rompam com a cultura machista e propiciem à mulher o espaço justo e merecido.
E nós, devemos fazer o quê? Devemos pressionar e cobrar, porque mudanças só acontecem quando a sociedade se organiza e se mobiliza.
Pedro Zanotti Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos – Stap
E-mail: pedro@stapguarulhos.org.br
Facebook – www.facebook.compedrozanottifilho