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Desenvolvimento com sustentabilidade
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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A defesa do desenvolvimento industrial da Amazônia tem sido uma bandeira erguida por mim desde que iniciei minha militância no movimento sindical, no Sindicato dos Metalúrgicos do Pará, onde fui presidente por três mandatos. Na época, eu me questionava sobre o papel do sindicalismo diante do desafio aparentemente intransponível de conjugar a exploração das nossas riquezas abundantes com preservação do meio ambiente.
Naquela época, muita gente já defendia a intocabilidade da Amazônia, sua preservação como um patrimônio das futuras gerações e da humanidade como um todo, o que certamente contribuiu para a cooptação apaixonada de muitos militantes, que não se apercebiam que, em nome de uma crença falsamente generosa, estavam condenando seus irmãos amazônidas ao atraso e à miséria que nos tem perseguido ao longo da nossa história.
Reafirmo agora, assumindo a presidência da federação, o equivoco destes “defensores da Amazônia”: só teremos condições de preservar nossa região de forma conseqüente quando pudermos nos apropriar das imensas riquezas com que a natureza nos premiou e utilizá-las em benefício do nosso povo, pois sabemos que a humanidade já produziu conhecimento suficiente para isso.
Um cientista brasileiro, Luis Carlos Molion, em entrevista a um jornal local, confirma, com dados, aquilo que eu suspeitava intuitivamente: perguntado sobre o risco de desertificação da Amazônia, o pesquisador do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade de Alagoas e membro do grupo gestor da Comissão de Climatologia Organização Meteorológica Mundial, foi contundente ao afirmar que “este risco não existe”, ressalvando que “é preciso tomar cuidado nas práticas agrícolas e pecuárias, com a conservação do solo, principalmente na agropecuária e na mineração”.
Ou seja, muito do que se tem falado pelos catastrofistas do aquecimento global não passa de uma estratégia dos países ricos para impedir o desenvolvimento de países emergentes, como o Brasil.
Agora que consolidamos a federação, usaremos nossa entidade como uma coluna de luta em busca do lugar que nos é reservado pela história: uma região rica com um povo rico.
Sulivan Santa Brigida, presidente da Fitimn