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Desonerar os alimentos
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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Assim como fez com os automóveis, motocicletas, geladeiras e outros eletrodomésticos, o governo federal deveria reduzir os impostos sobre os alimentos. Em alguns casos, como o de produtos da cesta básica (arroz, feijão, macarrão, carne), os impostos, todos eles (municipais, estaduais e federais) deveriam ser simplesmente eliminados.
Como todos já sabem, o Brasil é um dos países mais injusto na questão tributária. Sobre os produtos comprados por pobres ou ricos recaem os mesmos impostos. Por isso é que, como já ficou provado, os pobres pagam mais e tem a renda mais comprometida com impostos do que os ricos.
Ao invés de tributar alimentos, o governo federal deveria tributar a renda daqueles que possuem mais riquezas. Deveria tributar mais os produtos de luxo, supérfluos, bebidas alcoólicas e cigarros pois, além de praticar justiça social, ajudaria a diminuir os problemas de saúde causados pelo alcoolismo e o tabagismo.
A cadeia de impostos no Brasil também deveria ser simplicada. São inúmeros os impostos municipais, estaduais e federais. E todos sabem que quanto mais complicada é a tributação, mais complicada é a fiscalização e mais fácil é a sonegação. São inúmeros os casos de milionários que conseguem até ter restituição de imposto de renda que simplesmente não pagam o impostos.
Nos últimos anos, o Brasil tem feito muito para reduzir as desigualdades sociais, com programas de transferência de renda. Mas, a desoneração de produtos básicos ajudaria também a aquecer a economia e geraria mais empregos em setores produtivos. E isso é tudo o que deseja o sindicalismo brasileiro.
Carlos Vicente de Oliveira, o Carlão, é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo