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Exigimos a imediata retirada das reformas da Câmara e do Senado
sexta-feira, 19 de maio de 2017
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Como nós, do movimento sindical, vínhamos alertando há tempos, este governo, liderado por Michel Temer, não reúne legitimidade política e social para propor mudanças nas leis do País. Muito menos liderar representantes patronais no Congresso Nacional para cortar direitos trabalhistas e previdenciários.
Alertávamos, ainda, sobre a necessidades das Centrais Sindicais, sindicatos e trabalhadores a promoverem uma série de ações unitárias, como protestos, paralisações parciais e greves para impedir o ataque à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e à Previdência, assim como derrubar a legislação que reduziu investimentos em saúde, educação e tecnologia.
Nós, trabalhadores frentistas, fechamos com as orientações das Centrais que exigem eleições democráticas e apuração rigorosa de “todas as denúncias de corrupção e desmandos que vêm paralisando o País”. Este cenário prejudica a economia por aprofundar a recessão e aumentar o desemprego, que assola milhões de famílias de trabalhadores.
Os trabalhadores exigem o estrito cumprimento da Constituição para resolver a crise atual. Estamos dispostos a ir à luta para, unidos e organizados, combater qualquer iniciativa contrária à Constituição democrática como alternativa à grave crise política à qual o País vem sendo submetido.
Assim como consta da nota oficial das Centrais Sindicais, as denúncias e acusações de corrupção nos levam a considerar que falta legitimidade política e social ao governo para, num momento de grave crise institucional, política, econômica e social, jogar sobre as costas dos trabalhadores e da parcela mais humilde da sociedade o custo do ajuste econômico.
O ajuste está representado pelas propostas de reformas trabalhista e previdenciária que tramitam no Congresso Nacional, às quais exigimos que sejam imediatamente retiradas da pauta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. É importante que este debate sobre as propostas de reformas aconteça de forma ampla, envolvendo as representações dos trabalhadores e a sociedade civil.
Por isso, na Marcha Nacional dos Trabalhadores, que será realizada no dia 24 próximo, em Brasília, vamos reafirmar nosso repúdio às propostas de reformas trabalhista e previdenciária e, ao mesmo tempo, buscar soluções democráticas para o atual momento político pelo qual o País atravessa.
Rivaldo Morais da Silva, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo, e tesoureiro da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)