Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
18 SET 2024

Imagem do dia

[caption id="attachment_64975" align="aligncenter" width="1024"]Reunião on-line sobre as negociações da questão dos trabalhadores em aplicativos Reunião on-line sobre as negociações da questão dos trabalhadores em aplicativos[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Financiamento da Ação Sindical

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Artigos

Financiamento da Ação Sindical

Por: Ruth Coelho Monteiro
A grande imprensa, porta voz dos interesses da elite brasileira, vem repercutindo intensamente (repetida por bloguistas e influenciadores mal informados) o julgamento do Supremo Tribunal Federal – STF, de uma ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, que defende o pagamento da contribuição assistencial por todos os trabalhadores. Provoca, essa imprensa, confusão entre o antigo imposto sindical com a contribuição assistencial (ou negocial como vem sendo chamada), com o intuito de jogar a população contra as organizações sindicais.
 
A contribuição que está sendo discutida é a assistencial e não a contribuição sindical – nova denominação do antigo imposto sindical (criado por Getúlio Vargas para organizar o movimento sindical oficial e acabar com os sindicatos anarquistas e comunistas, que existiam à época).
 
O que a grande imprensa direitista pretende é enfraquecer os sindicatos e com isso a luta política classista, confundindo uma contribuição com a outra. Nem o movimento sindical quer mais o imposto sindical, que era um dia de salário, descontado de todos os trabalhadores no mês de março, que era dividido automaticamente sendo: 60% para o sindicato de base, 15% para a federação do setor, 5% para a confederação do ramo e 20% para o Ministério do Trabalho, que depois do primeiro governo de Lula foram divididos 10% para as centrais sindicais e os outros 10% para o MTE. Esse imposto realmente provocou, em muitos casos, a acomodação de dirigentes e o distanciamento dos trabalhadores da base, com eventual e pontual má utilização dessas verbas por sindicalistas descompromissados com os trabalhadores.
 
Lembrando aqui, em parênteses, que os dirigentes sindicais combativos e comprometidos com a luta dos trabalhadores até abril de 1964, tiveram seus mandatos cassados e foram afastados da direção das suas entidades sindicais pelo golpe civil-militar de 1964, sendo substituídos por interventores, alinhados com o Governo. Essa situação perdurou por quase 20 anos e até estendeu-se em algumas organizações.
 
É preciso esclarecer amplamente os trabalhadores e a sociedade de hoje, que a contribuição assistencial está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e seu valor é decidido em assembleia, por ocasião da aprovação da negociação de convenção coletiva de trabalho, ou do acordo coletivo de trabalho. Assim como os reajustes salariais, pisos profissionais, condições de trabalho e demais benefícios sociais, de saúde e segurança e assistenciais abrangem 100% dos trabalhadores daquela determinada categoria (independentemente de serem associados ou não ao sindicato), a contribuição assistencial sempre teve essa abrangência universal na forma de cotização, com a finalidade de dar condições aos sindicatos para disponibilizarem serviços, como assistência jurídica, homologação das rescisões de contrato de trabalho, previstos na CLT e obrigatórios até pouco tempo, a qualquer trabalhador, independente de ser filiado.
 
Por atuação de empresários, ávidos em aumentar seus lucros através da precarização dos direitos laborais, começaram a surgir reclamações do desconto dessa contribuição (especialmente pelo pessoal administrativo), junto ao Ministério Público do Trabalho (que passou a exigir termos de ajuste de conduta dos sindicatos) e em ações judiciais, o que levou os juízes ao entendimento majoritário (que consolidou-se em Enunciados do TST e Súmulas do STF) de que os trabalhadores tinham direito a manifestar individualmente oposição ao desconto dessa contribuição e que essa possibilidade deveria constar na cláusula da contribuição assistencial, sob pena de invalidação da mesma.
 
A partir dessas decisões, impulsionadas por advogados patronais, esse direito a não pagar a contribuição assistencial foi amplamente divulgado e incentivado por algumas empresas (numa flagrante conduta antissindical e sem o mesmo tratamento para os outros direitos contidos nos instrumentos coletivos de trabalho), e uma grande parte dos trabalhadores passou a entregar carta de oposição ao desconto nos sindicatos, muitas vezes transportados em massa em veículos das empresas, durante expediente de trabalho.
 
Não é preciso esforço para imaginar o quanto isso diminuiu a capacidade de ação sindical e quão injusto ficou para os associados que, além dessa contribuição ainda pagam a mensalidade sindical, receber os mesmos benefícios da convenção coletiva (que via de regra estão acima dos direitos garantidos na CLT), enquanto seus colegas de trabalho não precisavam contribuir com nada para o Sindicato e recebiam os mesmos direitos e tratamento.
 
Então, o que se está tentando corrigir com esse julgamento é um erro anterior que está inviabilizando a atuação sindical, tão necessária para manter o mínimo de equilíbrio entre as relações capital e trabalho. Se o Ministro Barroso mudou o seu entendimento, foi graças a uma reunião que teve com representantes das centrais sindicais, que elucidaram o assunto, tão distante de compreensão para quem não vive no mundo do trabalho. O resultado desse julgamento será estendido a todos os outros processos sobre o mesmo tema e firmará jurisprudência (repercussão geral).
 
Importante notar que a mesma imprensa jamais debruçou-se em investigar as formas de financiamento das entidades sindicais patronais que, além de não terem perdido a obrigatoriedade do desconto da contribuição sindical patronal ainda estipulam outras contribuições obrigatórias para as empresas, sejam suas associadas ou não. Também utilizam-se da verba compulsória paga pelas empresas sobre a folha de pagamento, destinada à formação profissional e que mantém o denominado Sistema “S” (SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE, SESI, SENAR, etc…), para a manutenção das suas estruturas confederativas.
 
Devem ser enaltecidos não apenas o Ministro Barroso, mas os ministros Gilmar Mendes e Carmen Lúcia, que também reviram sua posição anterior para entender a importância da contribuição assistencial para manter as entidades sindicais funcionando e prestando serviços, não apenas aos trabalhadores da sua categoria, mas também à coletividade e que, para isso, é necessário o financiamento por todos os trabalhadores beneficiados por aquele sindicato, sejam eles sócios ou não (o que é um direito a ser por eles livremente exercido). O direito de oposição ao pagamento deve permanecer, não de forma individual, pressionada pelo patrão ou por suas necessidades, mas de forma coletiva, como sempre foi, em assembleia da negociação coletiva, onde todos os trabalhadores, sócios e não sócios, tem a oportunidade de expressar livremente a sua opinião e votar de acordo com ela.
 
Os sindicatos são instrumentos de organização dos interesses dos trabalhadores e numa democracia, a opinião e o voto da maioria deve prevalecer e ser respeitado por todos, mesmo aqueles que perderam, ou não vivemos uma real democracia.
 
Ruth Coelho Monteiro, Secretária de Cidadania e Direitos Humanos da Força Sindical
Normalização almejada
João Guilherme Vargas Netto

Normalização almejada

A desastrosa reforma trabalhista
Eduardo Annunciato, Chicão

A desastrosa reforma trabalhista

Basta de assédio!
Maria Auxiliadora

Basta de assédio!

Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio entre a população idosa
Milton Cavalo

Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio entre a população idosa

A força de trabalho é o motor da economia
Eusébio Pinto Neto

A força de trabalho é o motor da economia

Lula 3 e os sinais da economia
Marcos Verlaine

Lula 3 e os sinais da economia

O Voto Consciente
Geraldino dos Santos Silva

O Voto Consciente

A importância da base
Antonio Rogério Magri

A importância da base

Campanha Salarial 2024 – Garantia de reajuste salarial e de nossos Direitos
Eliseu Silva Costa

Campanha Salarial 2024 – Garantia de reajuste salarial e de nossos Direitos

Ação sindical nas cadeias produtivas sobre direitos humanos trabalhistas
Clemente Ganz Lúcio

Ação sindical nas cadeias produtivas sobre direitos humanos trabalhistas

Defendemos a criação de um programa emergencial robusto
Nilton Souza da Silva, o Neco

Defendemos a criação de um programa emergencial robusto

Sindicalismo não recua!
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Sindicalismo não recua!

Dia Internacional da Enfermagem: 12 de maio
Jefferson Caproni

Dia Internacional da Enfermagem: 12 de maio

Nossa solidariedade ao Rio Grande do Sul
Gilberto Almazan

Nossa solidariedade ao Rio Grande do Sul

Sindicato vai à justiça para garantir direitos das vítimas da Multiteiner
Força 20 SET 2024

Sindicato vai à justiça para garantir direitos das vítimas da Multiteiner

Sindicalista da Força participa da 47ª edição da WorldSkills
Força 20 SET 2024

Sindicalista da Força participa da 47ª edição da WorldSkills

Metalúrgicos da KHS mobilizados por aumento real
Força 20 SET 2024

Metalúrgicos da KHS mobilizados por aumento real

Sindicalistas se reúnem em Brasília com o Ministério das Mulheres
Força 20 SET 2024

Sindicalistas se reúnem em Brasília com o Ministério das Mulheres

MPT e centrais sindicais firmam pacto contra assédio eleitoral
Força 19 SET 2024

MPT e centrais sindicais firmam pacto contra assédio eleitoral

Trabalhadores da Magic Toys lutam por aumento real
Força 19 SET 2024

Trabalhadores da Magic Toys lutam por aumento real

Normalização almejada
Artigos 19 SET 2024

Normalização almejada

Podcast dos Aposentados com Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Confira
Força 19 SET 2024

Podcast dos Aposentados com Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Confira

Frentistas reivindicam reinstalação da comissão do benzeno
Força 19 SET 2024

Frentistas reivindicam reinstalação da comissão do benzeno

Aumentar os juros é ir na contramão do desenvolvimento do País
Força 18 SET 2024

Aumentar os juros é ir na contramão do desenvolvimento do País

MPT no Seminário de Segurança e Saúde dos Metalúrgicos
Força 18 SET 2024

MPT no Seminário de Segurança e Saúde dos Metalúrgicos

Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas
Imprensa 18 SET 2024

Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

A desastrosa reforma trabalhista
Artigos 18 SET 2024

A desastrosa reforma trabalhista

Metalúrgicos de Guarulhos negociam mais PLR com ganhos
Força 18 SET 2024

Metalúrgicos de Guarulhos negociam mais PLR com ganhos

Fundacentro promove debate público sobre a regulamentação do benzeno
Imprensa 18 SET 2024

Fundacentro promove debate público sobre a regulamentação do benzeno

Força repudia mudanças na regulamentação do benzeno
Força 18 SET 2024

Força repudia mudanças na regulamentação do benzeno

Reunião on-line sobre as negociações da questão dos trabalhadores em aplicativos
Imagem do dia 18 SET 2024

Reunião on-line sobre as negociações da questão dos trabalhadores em aplicativos

Servidores Públicos da Força debatem PEC 66
Força 18 SET 2024

Servidores Públicos da Força debatem PEC 66

Presidente da Força participa do 12⁰ Congresso Nacional dos Engenheiros
Força 18 SET 2024

Presidente da Força participa do 12⁰ Congresso Nacional dos Engenheiros

Químicos de Araçatuba recebe Prêmio Tropical FM Destaques do Ano 2024
Força 17 SET 2024

Químicos de Araçatuba recebe Prêmio Tropical FM Destaques do Ano 2024

PodCast do Sindnapi fala sobre fraudes na previdência
Força 17 SET 2024

PodCast do Sindnapi fala sobre fraudes na previdência

Químicos de Suzano iniciam campanha salarial na Luckspuma
Força 17 SET 2024

Químicos de Suzano iniciam campanha salarial na Luckspuma

Mediação, Negociação Coletiva e Diálogo Social: experiência da Espanha é tema de live no MTE
Imprensa 16 SET 2024

Mediação, Negociação Coletiva e Diálogo Social: experiência da Espanha é tema de live no MTE

Projeto autoriza motorista de app a comprar veículo com FGTS
Imprensa 16 SET 2024

Projeto autoriza motorista de app a comprar veículo com FGTS

Basta de assédio eleitoral!
Força 16 SET 2024

Basta de assédio eleitoral!

Basta de assédio!
Artigos 13 SET 2024

Basta de assédio!

Estoque de empregos formais no setor privado atinge 44,4 milhões de vínculos em 2023
Imprensa 13 SET 2024

Estoque de empregos formais no setor privado atinge 44,4 milhões de vínculos em 2023

Governo quer extinguir o saque-aniversário do FGTS
Imprensa 13 SET 2024

Governo quer extinguir o saque-aniversário do FGTS

Reforma da Previdência dificulta a aposentadoria especial do frentista e reduz o valor do benefício
Força 13 SET 2024

Reforma da Previdência dificulta a aposentadoria especial do frentista e reduz o valor do benefício

Maior parque industrial do Brasil, SP puxa queda do setor em julho
Imprensa 13 SET 2024

Maior parque industrial do Brasil, SP puxa queda do setor em julho

Aguarde! Carregando mais artigos...