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Lutar, lutar, lutar
quarta-feira, 19 de julho de 2017
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O nosso sindicato completa 54 anos neste domingo, 23. Um aniversário numa condição bastante adversa para o trabalhador, atingido em cheio pela reforma trabalhista. Isso nos dá ainda mais certeza de que os trabalhadores precisam fortalecer a sua organização para enfrentar os difíceis momentos que virão.
A aprovação da reforma trabalhista, na terça-feira, 11, é um exemplo acabado de como um governo pode ignorar a vontade popular, governar somente para um grupo da sociedade e ir às últimas consequências para se sustentar no poder.
Dois dias depois, o governo conseguiu que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara fosse contra a continuidade da investigação da denúncia por crime de corrupção passiva contra Temer. E o governo parece ter usado a caneta. Levantamento do partido Rede Sustentabilidade mostra que o governo liberou R$ 157 milhões em emendas para 17 deputados da CCJ. Além do troca-troca de membros da comissão promovido pelos partidos, o que foi decisivo para o resultado. A questão será decidida em plenário, no dia 2 de agosto.
Dizem que a reforma vem para “modernizar”, possibilitando que patrão e trabalhador negociem itens como jornada de trabalho, banco de horas, mas a gente sabe que a realidade não tem nada de moderna, se o trabalhador não estiver organizado, vai ser mais explorado. A reforma cria um território farto para o abuso. Só a pressão social pode reverter toda essa situação. E para isso sindicatos fortes são instrumentos fundamentais.
A reforma também acaba com o imposto sindical. Há aqueles que, entre tantos prejuízos, enxergam nisso uma vantagem. Não se engane: o enfraquecimento dos sindicatos só tem um objetivo, enfraquecer o trabalhador. Por isso, sempre defendemos como o melhor caminho a participação dos companheiros e companheiras no Sindicato. Não fique só, sindicalize-se.
Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região