Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
5 FEV 2025

Imagem do dia

Presidente da Força reúne-se com Ministro Marcio Macêdo O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Negociação Coletiva, direito fundamental do trabalho

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Artigos

Negociação Coletiva, direito fundamental do trabalho

Por: Clemente Ganz Lúcio
A valorização da negociação coletiva fortalece a democracia porque, por meio do diálogo social, trabalhadores, empresas, organizações do terceiro setor e governantes tratam de interesses e conflitos que estão presentes na repartição do produto econômico do trabalho de todos, fixando os pisos, reajustes e aumentos dos salários, as formas de contratação, os benefícios para o transporte coletivo, para a creche, a educação e a formação profissional, jornada de trabalho e horas extras, entre tantos outros itens que compõem um acordo ou uma convenção coletiva.
 
A Organização Internacional do Trabalho trata do “direito de sindicalização e de negociação coletiva” na Convenção 98, aprovada em 1949, na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho realizada em Genebra. O Brasil a ratificou em 1952, há 71 anos.
 
Essa é uma das cinco categorias que integram os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho: liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório; a abolição efetiva do trabalho infantil; a eliminação da discriminação em relação ao emprego e à ocupação; o direito à segurança e saúde no trabalho.
 
Por que a Convenção 98 trata simultaneamente de direito de sindicalização e de negociação coletiva? Primeiro, porque a negociação coletiva se processa por meio da representação coletiva realizada pelo sindicato. Cabe, portanto, ao sindicato promover sua real capacidade de representação e representatividade, que são expressas pela cobertura sindical efetiva correspondente ao contingente de trabalhadores protegidos por acordos ou convenções coletivas e pela sindicalização. Segundo, porque para cumprir sua missão o sindicato deve ter autonomia em termos de organização, deliberação e financiamento.
 
Infelizmente, são recorrentes iniciativas de empresas e governos para desqualificar as negociações coletivas e, principalmente, para impedir a sindicalização ou o trabalho de base do sindicato.
 
Por isso a Convenção 98 da OIT afirma que  “os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego”, tais como, “subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um sindicato ou deixar de fazer parte de um sindicato; e dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua filiação a um sindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora das horas de trabalho ou com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas”.
 
Para garantir a autonomia do direito de organização sindical a Convenção 98 afirma que “as organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas e outras, quer diretamente, quer por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionamento e administração”. É muito clara a definição de atos de ingerência ao afirmar que são “medidas destinadas a provocar a criação de organizações de trabalhadores dominadas por um empregador ou uma organização de empregadores, ou a manter organizações de trabalhadores por outros meios financeiros, com o fim de colocar essas organizações sob o controle de um empregador ou de uma organização de empregadores”.
 
Assentada na autonomia sindical, a OIT afirma que “deverão ser tomadas, se necessário for, medidas apropriadas às condições nacionais, para fomentar e promover o pleno desenvolvimento e utilização dos meios de negociação voluntária entre empregadores ou organizações de empregadores e organizações de trabalhadores com o objetivo de regular, por meio de convenções, os termos e condições de emprego”.
 
Nesse sentido, a Constituição Federal do Brasil delega aos sindicatos dos trabalhadores o poder de representação coletiva para celebrar acordos coletivos com as empresas, ou convenções coletivas com a representação setorial dos empregadores que, em nosso país, também é designada de sindicato (p.ex. sindicato da indústria, sindicato do comércio).
 
Em nosso país a sindicalização é livre e, portanto, ninguém é obrigado a se filiar a um sindicato. Entretanto, de forma correta e moderna, a legislação determina que um acordo ou convecção coletiva tem efeito universal para aqueles que estão no âmbito de representação. Isso significa que todos/asos/as trabalhadores/as, sócios e não sócios do sindicato, são abrangidos, protegidos e beneficiados pelas regras contidas no instrumento coletivo. Do mesmo modo, todas as empresas e organizações que participam do âmbito negocial estão vinculadas ao cumprimento e benefícios do que foi pactuado.
 
A legislação é cristalina no papel de representação coletiva dos sindicatos, no amplo poder da negociação coletiva e na autonomia para construir sua representatividade. Até por isso, o Supremo Tribunal Federal corrigiu uma gravíssima distorção contida na reforma trabalhista de 2017, consignada na Lei 13.467, que tirou a responsabilidade dos todos os beneficiados pelos acordos e convenções coletiva de financiar a sua representação nos processos negociais conforme deliberado em assembleia.
 
O STF define que, com o fim da contribuição sindical, comumente denominada de imposto sindical, que era paga por todos para financiar o sistema sindical, é correto que uma contribuição destinada a financiar a representação no processo negocial seja aportada por todos os beneficiados.
 
A base de toda a deliberação relacionada ao processo negocial é coletiva, realizada por meio de assembleias e de consultas estruturadas, momento no qual se renovam as delegações de representação ao sindicato para um processo negocial concreto. São as assembleias que definem a pauta que será apresentada, analisam e deliberam pela aprovação ou rejeição das propostas vindas das mesas de negociação e, em algum momento, definem pela celebração de um acordo ou convenção coletiva concreto. Portanto, a representação coletiva tem nas assembleias o espaço de deliberação sobre todas as regras e normas que irão reger as relações de trabalho por um período.
 
O nosso sistema sindical e de relações de trabalho, que é bem estruturado, está desafiado a responder às profundas mudanças no sistema produtivo e no mundo do trabalho. Considerando a velocidade, a intensidade e a extensão dessas transformações, somente a negociação coletiva será capaz de tratar dos novos problemas e desafios, construindo soluções e normas em tempo real. Para que acordos e convenções gerem segurança para todos diante de problemas complexos e inéditos, é fundamental que os processos negocias sejam bem estruturados e permanentemente valorizados.
 
Por isso, as Centrais Sindicais apresentaram propostas para incentivar e valorizar a negociação coletiva. A criação de um Conselho Nacional de Promoção da Negociação Coletiva, com participação tripartite, visando ao cuidado permanente da negociação coletiva, em todos os âmbitos, apoiando formas de articulação e coordenação dos espaços e âmbitos negociais, desenvolvendo instrumentos de mediação e arbitragem, observando a diversidade setorial, territorial e de tamanho de empresa, bem como estimulando a negociação coletiva no setor publico.
 
Não se deve temer a negociação coletiva. Aqueles que a realizam com boas práticas, a valorizam, a defendem e a promovem. Quem vivencia a negociação coletiva conhece sua importância estratégica para um sistema de relações de trabalho moderno.
 
Clemente Ganz Lúcio, Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República, membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020)
O presidente Lula precisa fazer política
João Guilherme Vargas Netto

O presidente Lula precisa fazer política

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump
Eliseu Silva Costa

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump

Consignado em até 96 meses beneficia o aposentado, mas é preciso mais
Milton Cavalo

Consignado em até 96 meses beneficia o aposentado, mas é preciso mais

O Mercado como Entidade Imaterial e o Papel do Consumidor na Moderação da Ganância
Diógenes Sandim Martins

O Mercado como Entidade Imaterial e o Papel do Consumidor na Moderação da Ganância

A defesa da democracia com a participação consciente da classe trabalhadora
Eusébio Pinto Neto

A defesa da democracia com a participação consciente da classe trabalhadora

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas
Antônio de Sousa Ramalho

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS
Jefferson Caproni

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS

Por que o sindicalismo incomoda o capitalismo?
Eduardo Annunciato, Chicão

Por que o sindicalismo incomoda o capitalismo?

Caminhos pra 2025
Lineu Mazano

Caminhos pra 2025

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate
Nilton Souza da Silva, o Neco

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate

Mudar a jornada!
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Mudar a jornada!

Ir à Greve e Conquistar Direitos; por Clemente Ganz Lúcio
Clemente Ganz Lúcio

Ir à Greve e Conquistar Direitos; por Clemente Ganz Lúcio

MPT: A contribuição assistencial e o exercício de oposição
César Augusto de Mello

MPT: A contribuição assistencial e o exercício de oposição

Porque o Brasil está crescendo; por Airton dos Santos
Airton dos Santos

Porque o Brasil está crescendo; por Airton dos Santos

A importância do Sindicato!
Paulo Eduardo Ritz

A importância do Sindicato!

A importância de homologar no sindicato; por Antonio Rogério Magri
Antonio Rogério Magri

A importância de homologar no sindicato; por Antonio Rogério Magri

Mulheres da Força debatem Março Mulher e ações em 2025
Força 24 FEV 2025

Mulheres da Força debatem Março Mulher e ações em 2025

Veto à taxa assistencial, está na pauta desta terça (25) da Câmara Deputados
Imprensa 24 FEV 2025

Veto à taxa assistencial, está na pauta desta terça (25) da Câmara Deputados

24 de fevereiro – Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil
Força 24 FEV 2025

24 de fevereiro – Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil

Força Sindical SP realiza encontro, dia 11, para celebrar Dia da Mulher
Força 24 FEV 2025

Força Sindical SP realiza encontro, dia 11, para celebrar Dia da Mulher

Nota das Centrais Sindicais em defesa dos Correios e contra a CPI
Força 24 FEV 2025

Nota das Centrais Sindicais em defesa dos Correios e contra a CPI

Força Sindical prepara participação na COP30
Força 24 FEV 2025

Força Sindical prepara participação na COP30

É preciso incentivar a geração de empregos decentes
Força 22 FEV 2025

É preciso incentivar a geração de empregos decentes

Sindserv Guarujá filia-se à Força Sindical
Força 21 FEV 2025

Sindserv Guarujá filia-se à Força Sindical

Art Popular canta: Agamamou; música
Força 21 FEV 2025

Art Popular canta: Agamamou; música

Sintrabor cobra Bridgestone sobre a regularização de terceirizados
Força 21 FEV 2025

Sintrabor cobra Bridgestone sobre a regularização de terceirizados

SinSaúdeSP propõe vale combustível para trabalhadores da saúde
Força 21 FEV 2025

SinSaúdeSP propõe vale combustível para trabalhadores da saúde

Jefferson Caproni assume diretoria de Relações Parlamentares da Federação da Saúde SP
Força 21 FEV 2025

Jefferson Caproni assume diretoria de Relações Parlamentares da Federação da Saúde SP

Força Sindical participa da 1ª Reunião Extraordinária do CMH
Força 21 FEV 2025

Força Sindical participa da 1ª Reunião Extraordinária do CMH

Nota de pesar pelo falecimento de Iraci da Silva Borges
Força 21 FEV 2025

Nota de pesar pelo falecimento de Iraci da Silva Borges

Força SP intensifica mobilização em defesa dos direitos trabalhistas
Força 20 FEV 2025

Força SP intensifica mobilização em defesa dos direitos trabalhistas

Eusébio Neto defende o emprego dos frentistas em Brasília
Força 20 FEV 2025

Eusébio Neto defende o emprego dos frentistas em Brasília

Sindnapi abre inscrições para as aulas de ginástica laboral na subsede em Joinville
Força 20 FEV 2025

Sindnapi abre inscrições para as aulas de ginástica laboral na subsede em Joinville

Metalúrgicos da Força debatem desafios do movimento sindical
Força 20 FEV 2025

Metalúrgicos da Força debatem desafios do movimento sindical

O presidente Lula precisa fazer política
Artigos 20 FEV 2025

O presidente Lula precisa fazer política

Nota: Em Defesa da Democracia!
Força 19 FEV 2025

Nota: Em Defesa da Democracia!

FAT: 35 anos em prol do desenvolvimento do Brasil!
Palavra do Presidente 19 FEV 2025

FAT: 35 anos em prol do desenvolvimento do Brasil!

88,2% das negociações, em janeiro, garantiram aumento real, aponta Dieese
Força 19 FEV 2025

88,2% das negociações, em janeiro, garantiram aumento real, aponta Dieese

SINPOSPETRO-RJ garante data-base dos frentistas do Rio
Força 19 FEV 2025

SINPOSPETRO-RJ garante data-base dos frentistas do Rio

Empresas de Limeira são investigadas por prática antissindical
Imprensa 19 FEV 2025

Empresas de Limeira são investigadas por prática antissindical

Conferência livre da Força Sindical preparatória para Conferência Nacional de Saúde
Saúde e Segurança 19 FEV 2025

Conferência livre da Força Sindical preparatória para Conferência Nacional de Saúde

Cabeça, presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos, pede diálogo político e social
Força 19 FEV 2025

Cabeça, presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos, pede diálogo político e social

Força-PR é convidada para participar do Dia Internacional da Mulher em Araucária
Força 19 FEV 2025

Força-PR é convidada para participar do Dia Internacional da Mulher em Araucária

Sindicalistas debatem com ministro Marinho novo modelo de crédito consignado
Força 18 FEV 2025

Sindicalistas debatem com ministro Marinho novo modelo de crédito consignado

Força Sindical fará Conferência Livre da Saúde dia 3 de abril
Força 18 FEV 2025

Força Sindical fará Conferência Livre da Saúde dia 3 de abril

Bloco do Faísca sairá neste sábado, 22, na Liberdade, a partir das 14h
Força 18 FEV 2025

Bloco do Faísca sairá neste sábado, 22, na Liberdade, a partir das 14h

Aguarde! Carregando mais artigos...