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Nota sobre a Campanha Salarial dos comerciários de Porto Alegre
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
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Numa das Campanhas Salariais mais desafiadoras e difíceis para a categoria comerciária, na iminência da Reforma Trabalhista-plano que desmonta os direitos da classe trabalhadora- o Sindec, desde o início das negociações manteve a postura de assegurar a pauta de reivindicações e não permitir nenhuma retirada de direitos.
As empresas não se mostraram dispostas a negociar maior reajuste. O índice alcançado nos salários em geral, corresponde a 100% do INPC. Para os pisos o aumento médio foi de 5,5%. Ainda sim, estamos entre as categorias que eleva o patamar de negociação, deixando o Brasil com a projeção de um reajuste real de 3%, acima da média do continente, de 1,6%. (Ver pesquisa, clique aqui).
Os empresários ainda queriam aplicar pontos da Reforma Trabalhista, como aumentar banco de horas, inserir jornada intermitente e tirar a obrigatoriedade do sindicato conferir a rescisão. Conseguimos barrar esses pontos, que já representam um avanço diante do contexto. Diversas categorias no Brasil já sofrem os efeitos da “modernização trabalhista”, que impõe na prática uma triste realidade para o trabalhador que não tem força de negociar sozinho com o patrão.
Estamos conscientes da frustração de vocês em relação ao reajuste, porém precisamos da categoria unida e confiante nesse momento. A única forma do sindicato se manter é a contribuição e, a longo prazo, cada vez que o sindicato perder força, mais difícil será negociar, e quiçá garantir no mínimo a inflação.
É a contribuição, aprovada democraticamente em assembleia e referendada pela categoria comerciária, que garante que o sindicato mantenha assistência jurídica, homologação, fiscalização, atendimento médico, acesso à convênios educacionais, enfim. A questão vai mais além do que o reajuste. O sindicato tem um importante papel social e acaba prestando uma assistência que o governo é incapaz de oferecer aos trabalhadores. O mesmo governo que quer mascarar essa realidade tachando o sindicalismo como o vilão da história.
Precisamos do apoio de vocês para seguir esse enfrentamento e mais do que nunca provar que “Quem une, conquista!”
Nilton Neco é Presidente do Sindec-POA, Secretário de Relações Internacionais da Força Sindical e Secretário-geral da ADS