O Brasil voltou ao seu protagonismo internacional na semana passada, com a presença do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na COP27, no Egito. Com discurso de estadista, Lula apresentou ao mundo suas propostas para um planeta mais igualitário e equilibrado ambientalmente. Em poucos minutos de fala, arou a terra arrasada pelos últimos anos e lançou sua semente de esperança ao mundo.
Como disse em seu pronunciamento, o mundo sente saudade do Brasil, e, felizmente, o país voltou ao futuro. Com o novo governo, os trabalhadores ganham destaque e vão participar das discussões sobre o desenvolvimento da nação. Sindicalistas, artistas, atletas, povos indígenas e tantos outros integram a equipe de transição mais heterogênea da história do país. Para estancar o retrocesso e reduzir as desigualdades, Lula negociou com os países ricos mais investimentos para a Amazônia e para os povos que habitam nela. A fala de Lula foi vista com otimismo no mercado internacional, mas no Brasil os investidores foram reticentes.
Se o mundo concorda, a princípio, em fazer negócio com o Brasil e investir no desenvolvimento sustentável, isso significa que boa parte do gasto social do país será feita a partir de acordos multilaterais. Dessa forma, o governo Lula vai gastar menos para cumprir uma agenda ambiental, que também é social.
O mercado fica nervoso à toa, e daí? Não se abalou com Bolsonaro furando o teto de gasto para manter o orçamento secreto dos parlamentares. 'Vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência', respondeu Lula acertadamente. O que não pode cair é o povo de fome. Hoje, 33 milhões de brasileiros passam fome no país. E a fome tem cor! Pretos e pardos são a maioria da população e a parcela majoritária dos que passam fome, dos que são assassinados em operações policiais, dos que não estudam, dos que estão desempregados, dos que ganham os menores salários e dos que não têm moradia digna. A branquitude é um projeto de controle social. O sistema escravocrata, onde se faz dominar as minorias, nunca foi abolido.
Neste domingo, se celebrou o Dia da Consciência Negra, atualmente a data não marca apenas a luta e a resistência dos negros, mas de todas as minorias sociais.
Lula tem pela frente a missão de colocar em prática políticas públicas que criem oportunidades, dignidade e respeito para os povos originários. O presidente eleito assume um país de terra arrasada. Lula tem muito trabalho! Vai ter que arar a terra com investimento, semear justiça social e cuidar do seu povo. É preciso fazer florescer! O planeta respira aliviado com novo governo. É o Brasil de volta ao eixo do mundo.
Eusébio Pinto Neto
Presidente do SINPOSPETRO-RJ