O segundo mandamento é continuar a fazer o que deve ser feito, entregando aos trabalhadores e as trabalhadoras os resultados da ação coletiva ou de responsabilidade da direção. O funcionamento do sindicato, em todas as suas atribuições, deve ser permanente e efetivo e as conquistas repassadas imediatamente aos interessados.
O terceiro mandamento é o enfrentamento persistente das pressões ideológicas, políticas e econômicas a que está submetida a luta sindical. Nada deve passar em branco e para tanto é indispensável um aparato de comunicação eficaz, desde o olho no olho, as redes sociais de internet e os veículos tradicionais (reuniões, assembleias, boletins e jornais). O dirigente precisa saber na ponta da língua os argumentos em defesa das nossas posições e para o desmanche dos ataques adversários, a começar pelas pressões financeiras e as “cartas de oposição”.
O quarto mandamento é a mobilização, com a “subida” às bases. Toda ocasião deve ser boa para este relacionamento entre o dirigente e os trabalhadores e as trabalhadoras, todo pretexto deve ser invocado para garantir esta aliança, sejam os momentos de vitória, sejam os momentos de dificuldade, sejam os momentos de preparação para as lutas.
Os quatro mandamentos – não errar, entregar resultados, enfrentar os antagonismos e “subir” às bases com mobilização – não resolvem tudo, mas são essenciais na contínua atuação eficaz do dirigente.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical