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Política da contra-mão
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
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O ano de 2012 vai ser marcado pela intransigência da presidente Dilma. As pautas trabalhistas foram radicalmente banidas. Seja a votação do tão esperado fim do Fator Previdenciário ou a redução da jornada para 40 horas.
Sem conversa, os trabalhadores ficaram aquém das decisões da presidente que fez nesse ano políticas anti-trabalhistas. Inclusive a PEC do trabalho escravo continua engavetada.
Já a tão prometida reforma trabalhista nem se quer ronda os corredores de Brasília, nos deixando mais uma vez a espera de um milagre.
Ironias a parte, quem sai perdendo são os trabalhadores.
O Fator Previdenciário continua achatando as aposentadorias, aniquilando o poder de compra e deixando os aposentados marginalizados com salários que nem conseguem pagar os remédios prescritos. Sem falar da primeira grande decepção, quando Dilma vetou o aumento real para os aposentados.
A Redução da Jornada de Trabalho que nem entra nas negociações do governo dilata as doenças ocupacionais, inchando a Previdência e aniquilando com o trabalho decente, uma bandeira levantada pelas centrais sindicais.
Será que a presidente ainda não percebeu que sem investimentos estamos a um passo de uma crise econômica interna? Estamos diante de uma crescente desaceleração das atividades, especialmente no setor industrial, onde já há indícios de queda acentuada no PIB, que neste ano não passará de 1%.
Dilma prometeu que a política adotada pelo governo Lula se manteria. Mas isso não aconteceu. Vivemos em constante descontentamento, em constante insegurança, pois não sabemos aonde a atual política do governo vais nos levar.
Mas nós, sindicalistas não iremos desistir fácil. 2013 será um ano de muitos desafios, em fevereiro já temos agendado manifestações para pedir o Fim do Fator Previdenciário, pela recuperação do poder de compra dos aposentados, pela Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais, pela reforma trabalhista e tantas outras lutas.
Pois tenham a certeza que daqui para frente as centrais sindicais cobrarão com mais afinco todas as promessas feitas pela presidente. Pois hoje o governo está na contramão do que os trabalhadores anseiam e do que o país precisa.
Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical SC