Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Quando as pessoas não têm comprromisso com a sociedade
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Artigos
As pessoas chegam a um cargo público mais na verdade elas não têm compromisso público com a sociedade, o compromisso na verdade é com grupos de familiares, de amigos, que o ajudaram a se eleger e com sua própria vaidade.
Isto ocorre porque não existe mais o debate público. As eleições passaram a ser um desfile de assessores e marqueteiros com outros objetivos. Objetivos que ficam aquém das necessidades do povo e da construção comum de uma história.
Quando não há o debate, vence não o melhor, não o que tem proposta para sua população. Vence aquele que faz maior número de alianças possíveis, que consegue unir um grupo de pessoas preocupadas em se apropriar do público, e não em protegê-lo e ampliá-lo.
Quando um prefeito por falta de proposta para sociedade considera reforma de praças, troca da iluminação pública, pintura de prédios públicos, de ginásio de esportes, estádio de futebol, asfaltamento, como prioridade, e esquece o essencial que é o cidadão, e pior faz tudo isso sem qualquer critério técnico, apenas para colocar mais uma placa, acaba por provar ainda mais a falta de compromisso com sociedade.
Quando este cidadão esquece-se da história da sua cidade, o maior exemplo disto é o fato da administração fazer edital viciado para direcionar a publicação dos atos da prefeitura. E faz isso contra um jornal que se confunde com história da cidade, nos seus mais de 50 anos.
Sem falar que abandona o esporte da cidade relegando o principal Clube, parte da história da cidade, para financiar gente que vive do esporte e não vive para o esporte e quando falta dinheiro abandona o clube.
Isto se completa quando seu grupo se apropria dos cargos de confiança com altos salários, muitos sem qualificação técnica, inchando a máquina do Estado, baseando todo trabalho público em puxa-saquismos. E negocia com os trabalhadores concursados sem o menor bom-senso, negando o reajuste e não considerando melhores condições de trabalho. Sem o diálogo, fazendo ameaças às lideranças sindicais, tentando de maneira inadequada deslegitimar o caminho correto que no caso de falta de consenso que é a GREVE, nos mostra a total inabilidade em conduzir os rumos de uma cidade.
Tudo ocorre por ser fruto de momento político pobre de nosso país, onde pessoas se intitulam políticos e não passa de simples figuras despreparadas e cercadas de gafanhotos que só desejam se apropriarem da máquina pública em benefício próprio, pois todos não têm qualquer compromisso com a sociedade em que vivem.
Lourival Figueiredo Melo
Presidente da Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio do Estado de São Paulo – FEAAC