Repudiamos a violência, o assassinato de Marcelo Arruda, diretor do Sindicato de Servidores Públicos e tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu. O companheiro, como muitos sabem, foi morto na madrugada de domingo, 10, por um bolsonarista que invadiu o aniversário de 50 anos dele, que se tornou uma vítima do ódio.
Somos contra qualquer forma de violência. E a política não pode se tornar um lugar de barbárie. Precisamos exigir que o crime que tirou a vida de Marcelo seja o último desse tipo. O fato é que violências deste tipo têm ocorrido com mais frequência no Brasil.
Pesquisa realizada pelo OVPE (Observatório da Violência Política e Eleitoral) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostra que, em 2020, a violência política foi recorde no Brasil, mas que 2022 já registra aumento de 30%.
O aumento tem sido registrado desde 2018, e ganha uma preocupação maior em ano eleitoral. Segundo o Observatório, no primeiro trimestre de 2020 foram registrados 88 casos de violência. Já em 2022, nos primeiros três meses do ano, o país já contabiliza 113 casos.
Isso precisa acabar. A intolerância política não pode ser normalizada. A discussão e divergências políticas precisam ser respeitadas. Nesse momento, tem que prevalecer o diálogo e o debate para construirmos uma sociedade mais igualitária.
Registramos aqui nossos votos de pesar e solidariedade à família e amigos de Marcelo Arruda, e cobramos dos órgãos competentes o esforço necessário para promover ações que garantam um processo eleitoral democrático com segurança. Nosso repúdio a qualquer forma de violência.
Gilberto Almazan – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.