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“Rolés” e suas consequências
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
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Tenho acompanhado várias manifestações a favor e contra os chamados “rolés”, mas em nenhuma delas notei a preocupação que este tipo de ação, que vem ocorrendo dentro dos centros comerciais e shoppings, causa nos trabalhadores e trabalhadoras.
Os Rolezinhos acontecem, com outros nomes e formatos, há cerca de dez anos em todo o Brasil, segundo especialistas. Organizados pelas redes sociais – Orkut e em seguida Facebook – eles reúnem adolescentes para paquerar, cantar, consumir roupas e acessórios de marca.
Em dezembro de 2013, no entanto, um “rolezinho” marcado num shopping na zona leste de São Paulo, reuniu cerca de 6 mil pessoas e causou pânico entre lojistas e consumidores. Pelo menos três furtos foram registrados.
A partir deste fato, outros eventos semelhantes foram reprimidos por administrações de centros comerciais com ação policial e shoppings conseguiram liminares proibindo a entrada de menores para encontros.
Acredito que ações organizadas com o intuito de promover esse tipo de manifestação geram pânico nos locais em que são promovidas. Seja por medo ou prevenção, as pessoas irão deixar de frequentar esses locais, gerando a falta de consumo e, consequentemente, a demissão e o desemprego.
Devemos atentar que os centros de compras do nosso país são um grande gerador de emprego. Não sou contra qualquer tipo de manifestação democrática, mas em qualquer Estado de direito democrático existem regras que devem ser respeitadas por todos!
Nilton Neco
Presidente do SINDEC/POA
Secretário Nacional de Relações Internacionais da Força Sindical
Membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT)