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Usiminas chora de barriga cheia
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
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Durante os 47 anos de operações da Usiminas, os trabalhadores foram as forças motrizes para que a siderúrgica de Ipatinga atingisse as maiores marcas de produção e lucro líquido de sua história. Os sucessivos recordes e os lucros acumulados deram as condições necessárias para que a Usiminas se transformasse numa potência, que incorporou outras empresas do setor, como a Cosipa, transformando-se numa gigante do aço no Brasil e América Latina.
Mesmo com todos estes méritos dos trabalhadores metalúrgicos, hoje, sob o argumento de que a empresa teve uma receita líquida de ‘apenas’ R$ 2,86 bilhões e um lucro líquido de ‘só’ R$ 454 milhões, os investimentos são paralisados (como é o caso da Usina de Santana do Paraíso e do novo aeroporto), as negociações entre Sindicato e empresa tornam-se cada vez mais difíceis, qualquer ‘marolinha’ é motivo para milhares de demissões.
A postura da Usiminas é cada vez mais perniciosa. Enquanto todas as empresas, dos mais diversos setores, anunciam a recuperação econômica, a Usiminas continua a chorar de barriga cheia. Enriquece os acionistas e arrocha os trabalhadores.
Mais do que nunca, trabalhadores e sindicato precisam estar unidos para resistir as iniciativas prejudiciais das empresas. Esta soma de forças nos dá garra para lutar por novas conquistas e pelos direitos do trabalhador.
Sabemos das barreiras que a Usiminas tenta impor com o seu novo jeito de ser. Para fazer qualquer negociação – menos entre os acionistas na hora de dividir os lucros gerados pelos trabalhadores – é preciso passar por um batalhão de pessoas, o que atrasa qualquer acordo. Se a empresa dificulta relações para nos prejudicar, nós também assumimos uma postura mais agressiva, não medindo esforços em defesa do trabalhador e do emprego. Vamos para o confronto e se preciso for à greve geral.
Com este pensamento, vamos resistindo à intransigência dos exploradores. Nossa história de lutas e vitórias não será destruída. Vamos mantê-la, custe o que custar. Vamos à luta!
Luis Carlos Miranda, presidente dos Sindicato dos Metalúrgicos