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Campanha Salarial do Setor de Fabricação do Álcool e Açúcar 2008/2009
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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TRABALHADORES QUÍMICOS DA FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DEFINEM PRÉ-PAUTA
As lideranças dos sindicatos filiados a Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) que integram o setor de produção de álcool, que representa cerca de 25 mil trabalhadores, definiram em Seminário, realizado nos dias 20 e 21 de fevereiro, em Itapetininga, a pré-pauta de reivindicações do setor.
Pré-pauta de Reivindicações:
Mais de 60 dirigentes e líderes sindicais elaboraram a pré-pauta e definiram as estratégias para as rodadas de negociação com o setor patronal. A próxima etapa é aprovar a pauta com os trabalhadores e encaminhá-la, no dia 18 de março, para o setor patronal, representado pela ÚNICA.
Participaram do Seminário de Negociação representantes dos trabalhadores das regiões de: São José do Rio Preto, Araçatuba, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Guaíra, Ipaussu, Marília, Araras, Itapetininga, Botucatu, Bauru e Americana.
– A data-base é 1º de maio –
A Fequimfar, junto com os seus sindicatos filiados, representa mais de 25 mil trabalhadores no setor sucroalcooleiro, distribuídos em diversas regiões do estado de São Paulo. Em relação ao setor, estima-se que mais de 40 mil trabalhadores atuem nas usinas de açúcar, junto a outros 240 mil no setor de corte da cana-de-açúcar.
Dados do setor
A produção de álcool avança no País, sendo que a safra de cana 2008/09 deve ser mais voltada para a produção de álcool combustível do que de açúcar.
Estima-se uma produção de álcool para a safra 2008/09 de 24,75 bilhões de litros, alta de 12,75% em relação à produção de 21,96 bilhões de litros da safra 2007/08 (Datagro). Desse total, 22,7 bilhões de litros serão produzidos no Centro-Sul, um aumento de 13,30%. No Nordeste, a produção de álcool deverá atingir 2,066 bilhões de litros, ligeiramente superior aos 1,93 bilhões de 2007/08.
Em janeiro, as vendas de carros com a tecnologia flex somaram 87,5% do total de vendas de novos veículos, segundo a Anfavea.
A atividade industrial no início de 2008 continua em alta. Do lado positivo, o resultado foi influenciado pelo setor de açúcar e álcool, que voltou a gerar novas vagas de emprego.
Em janeiro, o setor de açúcar e álcool voltou a pesar a favor do emprego industrial paulista, depois das quedas mais fortes em dezembro. Das 14 mil vagas criadas no Estado, 7,818 mil, ou 56%, foram geradas pelo setor.
Dados da revista Exame:
Nos últimos anos, em razão do crescente interesse pelo etanol, o setor de açúcar e álcool despontou como um dos mais exuberantes da economia brasileira.
A produção vem batendo sucessivos recordes, evoluindo em média 7% ao ano desde 2002.
Graças a esse cenário, 55 empresas de açúcar e álcool figuram hoje no ranking das 500 maiores do Anuário EXAME de agronegócio.
O setor sucroalcooleiro continua em franco crescimento, com novas oportunidades, abertura de usinas e destilarias e, conseqüentemente, novos postos de trabalho. Até o ano de 2010, deverá ocorrer uma forte expansão no setor.
Existem muitos projetos de construção e ampliação de usinas de açúcar e álcool no país. Além de um interesse crescente de investidores estrangeiros.
O Estado de São Paulo é o maior produtor de cana do país, sendo responsável por mais de 60% da oferta nacional, como também por cerca de 400 mil empregos diretos no setor. Um número que deverá crescer substancialmente, em razão de todo esse processo de expansão.
A região do Oeste de São Paulo, que compreende 296 municípios, e uma das que mais crescem no setor sucroalcooleiro, sendo que a demanda por mão de obra qualificada é cada vez maior.
Para Danilo, o setor continua consolidado e o momento é favorável para a obtenção de um aumento real e uma melhor distribuição de renda entre os trabalhadores. "Nesses últimos anos, as usinas e destilarias tiveram um grande desenvolvimento, tanto com relação a suas estruturas e patrimônios, quanto no ganho com a venda de seu produto principal, que é o álcool combustível". "Os recordes de produção e exportação geraram um ganho excelente aos usineiros restando a divisão deste lucro com os que mais contribuem para isso: os trabalhadores". Danilo declara que "o setor ainda carece de uma remuneração a altura do seu crescimento. Hoje, ele se encontra em plena ascensão, mas o IDH de seus trabalhadores continua abaixo de outras categorias, não fazendo jus a todo este processo. O trabalhador ainda não foi recompensado pelo real valor de sua força de trabalho. Além disso, novos postos de trabalho estão sendo abertos, mas também ainda não existe uma política séria de qualificação profissional, e por isso, os trabalhadores necessitam de que suas reivindicações sejam atendidas", declara Danilo.