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Centrais brasileiras fortalecem laço sindical na China
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
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Centrais brasileiras realizam intercâmbio na China. Na pauta geopolítica, novas formas de trabalho e fortalecimeto do papel dos trabalhadores em organismos multilaterais
Centrais brasileiras fortalecem laço sindical na China
As centrais sindicais brasileiras — Força Sindical, CUT, UGT, NCST, CSB e CTB — junto da ACFTU, realizaram nesta quarta-feira (18/09/2025) o Seminário de Intercâmbio Sindical Brasil-China.
O encontro abordou conjuntura política, novas formas de trabalho e o fortalecimento sindical em nível nacional e internacional.
Durante os debates, líderes sindicais trocaram experiências sobre os contextos sociais e econômicos de Brasil e China, além de discutirem os avanços científicos e tecnológicos, a crise geopolítica global e a relevância da unidade sindical.
O programa inclui também visitas culturais, ampliando o conhecimento sobre a história milenar da China.
Este intercâmbio conjunto das seis principais centrais sindicais brasileiras com a China é inédito.
Ele acontece em um momento delicado, em que o Brasil enfrenta graves ataques diplomáticos, tarifaços, sanções econômicas e comerciais arbitrárias, resultantes da atuação da extrema direita brasileira e da ingerência indevida do governo dos Estados Unidos.
As centrais sindicais buscam fortalecer o papel e o protagonismo dos trabalhadores em fóruns multilaterais como BRICS, G20, OIT e OMC, reforçando a importância da voz sindical no cenário internacional.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, fará um pronunciamento a representantes da Assembleia Popular da China. Ele abordará a crise geopolítica, o tarifaço e a relevância do fortalecimento dos BRICS e de organismos multilaterais.
“Este seminário demonstra a importância de unirmos forças para defender conquistas e garantir que os trabalhadores estejam no centro do desenvolvimento”, afirmou Juruna durante sua intervenção.
Já o secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, parabenizou a ACFTU pelo seu centenário e lembrou as históricas relações bilaterais entre a central chinesa e a Força Sindical.
“É um orgulho representar os comerciários de Porto Alegre e levar a voz da Força Sindical para um debate global sobre o futuro”, destacou Neco.
O presidente do Sinpospetro/RJ e da Fenepospetro, Eusébio Luís Pinto, ressaltou a importância do intercâmbio e a necessidade de aprofundar o conhecimento, destacando a urgência de fortalecer a unidade de ação sindical em nível nacional e internacional.
Eusébio Neto defendeu a implementação de ações para evitar danos tanto aos trabalhadores quanto aos sindicatos durante a transição digital. No Brasil, tal processo demandará uma maior complexidade por parte das entidades de classe. Os sindicatos não estão estruturados para esse avanço, que resultará em uma mudança radical na gestão interna das entidades.
“Sabemos que o processo de digitalização dos sindicatos é inevitável, mas no nosso país, as entidades estão estruturadas no modelo de trabalho presencial, na porta das fábricas, nos postos de combustíveis, onde estiverem os trabalhadores. Nosso trabalho de base é no corpo a corpo. Faz parte da nossa cultura, esse calor humano”, disse.
Eusébio Neto disse ser contra a automação, mas diante do avanço tecnológico, essa transição parece inevitável. Ele citou a Lei 9.956/2000, que assegura o emprego de cerca de 500 mil trabalhadores de postos de combustíveis no Brasil. A lei, uma vitória dos sindicatos da categoria, proíbe o autosserviço nos postos.
A dirigente Josileide enfatizou a relevância da presença da delegação brasileira na China e destacou a contribuição do setor da construção civil nos intercâmbios internacionais de trabalhadores.
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