Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
10 SET 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_71821" align="aligncenter" width="1024"]Lançamento do livro 08 de janeiro com apoio das Centrais Sindicais. Lançamento do livro 08 de janeiro com apoio das Centrais Sindicais[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Força

Entrevista com Edson Dias Bicalho

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Força

Entrevista com Edson Dias Bicalho

Foto: Arquivo FequimfarEntrevista: Edson Dias Bicalho, secretário de Relação Internacional Adjunto, na Força Sindical, para América Latina, África do Sul e Países de Língua Portuguesa

Jornal da Federação – Conte sobre o seu trabalho na central Força Sindical.

Edson Bicalho – Nós construímos as discussões sobre Mercosul nos países da América Latina, já que como o bloco foi criado com a finalidade única e exclusivamente comercial, buscamos, junto a outras centrais sindicais, uma integração política, social, cultural e trabalhista. Discutimos uma unificação de propostas dos trabalhadores, movimento sindical, ONGs e outras entidades sociais. E para isso, criamos o Fórum Consultivo Político, Social e Econômico do Mercosul, que, de forma tripartite, analisa a possibilidade de geração de emprego decente, com integração social no Mercosul. Também buscamos acordos que visem a livre circulação dos trabalhadores, tanto quanto as garantias de benefícios previdenciários, para fins de aposentadoria.

J. F. – Como o movimento sindical pode interagir com Mercosul?

Edson – Nossa intenção é para que o movimento sindical integre as discussões dos governos, porque tanto o Fórum Consultivo quanto a Coordenadora apresentam propostas e políticas para essa integração. Na 2ª Conferência de Ministros do Trabalho do Mercosul, discutimos a criação de uma comissão sócio-laboral, alto nível de emprego, relações trabalhistas, seguridade, segurança no local de trabalho, trabalho infantil. Ou seja, o movimento sindical já faz parte das discussões do Mercosul, porque todos os presidentes recebem nossas propostas.

J. F. – Como você observa a criação de um parlamento no Mercosul, a exemplo do que já acontece na União Européia?

Edson – O parlamento serviria de interlecutor entre a sociedade e os governos envolvidos no Mercosul. Hoje, o parlamento europeu é indicado, porém, há grandes chances de que até 2012, a eleição ocorra por votação direta. Esse parlamento tem grande peso político, pois é ele quem representa a sociedade, a população, e o que os povos pensam.

J. F. – Existe no Mercosul o Protocolo de Brasília que é um órgão de soluções de controvérsias para questões comerciais. O movimento sindical participa deste órgão? Qual é sua opinião sobre o órgão?

Edson – Temos acompanhado as resoluções deste órgão, mas na prática, ele não tem funcionado. Uma das nossas cobranças é para que haja maior transparência na agenda comercial do Mercosul, para que o Fórum Consultivo seja um órgão efetivamente consultado nestas discussões e pra que a população também tenha participação, porque este fórum representa trabalhadores, empresas e ONGs.

J. F. – Como você vê a entrada da Venezuela no Mercosul?

Edson – Politicamente, a entrada da Venezuela é interessante, porque trata da integração da América Latina como um todo. Por outro lado, o país só entrou no bloco por decisão do presidente Hugo Chavez, sem ter discutido com os empresários, trabalhadores e outras entidades sociais. Ou seja, não houve discussão com a sociedade. Isso é um ponto complicado, porque a sociedade venezuelana não apóia, os países membros do Mercosul tem forte resistência a alguns setores com a participação da Venezuela. O Chile é um dos países que mais possui tratados de livre comércio do mundo, eles têm tratado de livre comércio com quase todos os países. Entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o Brasil é o país que tem a responsabilidade de alavancar os avanços. Enquanto não houver investimento para diminuir as assimetrias que existem entre os quatros países, dificilmente vamos conseguir caminhar.

J. F. – Existem países europeus que têm interesse em negociar com o Brasil. Como fica, politicamente falando, se o Brasil negociar com estes países fora do Mercosul?

Edson – O Brasil poderia fazer acordos de livre comércio com todos os países do mundo, independente do Mercosul, mas atitude sensata do presidente Lula, que se recusa a negociar como Brasil, acaba fortalecendo ainda mais a negociação como bloco econômico.

J. F. – Os trabalhadores dos outros países têm consciência disso?

Edson – Sim, todos sabem desta situação. Nós conversamos com dirigentes sindicais europeus e eles também têm a consciência de que o Brasil, como maior país da América Latina, investe no fortalecimento do Mercosul e na construção da comunidade sudamericana de nações, para que a região se torne um dos maiores mercados consumidores do mundo.

J. F. – Há quantos anos você desenvolve essa função junto ao Mercosul?

Edson – Eu participo deste trabalho há três anos, quando fui eleito no Congresso da Força Sindical, mas há sete anos eu trabalhava como suplente, com o companheiro Herbert Passos, que era o responsável por esta área. Então, o movimento sindical já adquiriu experiência, elaborando propostas sérias e objetivas.

J. F. – No que diz respeito ao trabalho, quais são os problemas mais comuns?

Edson – A diferença salarial. O piso salarial em dólar tem uma discrepância muito grande entre os quatro países do Mercosul. A nomeação das faixas salariais e das funções, em cada país, também é muito diferente. Estamos solicitando aos governos destes países a criação do Observatório do Mercado de Trabalho do Mercosul, para que possamos construir uma nomenclatura universal, para que a mesma função exercida por um trabalhador em qualquer um destes países tenha o mesmo nome e os salários também sejam os mesmos. Isso vai possibilitar a integração de todos os aspectos trabalhistas.

J. F. – Como você avalia os problemas trabalhistas no Brasil e nos outros países?

Edson – Toda a discussão trabalhista passa pelo Observatório do Mercado de Trabalho. Algumas questões são melhores na Argentina, mas o melhor lugar ainda é o Brasil. No Uruguai e Paraguai as dificuldades são muito grandes, tanto que eles nem tem um Observatório. O Brasil é o país mais bem assessorado, pois tem o trabalho do Dieese, Fundacentro e outros órgãos que fazem pesquisas. E queremos criar o Observatório do Mercado de Trabalho do Mercosul para que técnicos capacitados possam levantar dados nos quatro países e a partir daí construir uma proposta que seja igual para todos, porque as diferenças ainda são gritantes.

J. F. – Como você observa países como a Argentina, que integra o Mercosul, de repente atrelar junto a OMC, exigindo retaliações junto ao Brasil, buscando soluções de controvérsias e problemas de ordem comercial?

Edson – Isso mostra um pouco que a integração é somente comercial e que nosso tribunal sobre solução de controvérsia não funciona. Além disso, o bloco não está consolidado nem amadurecido para discutir, internamente, seus problemas. Um dos maiores problemas que chegou em nível mundial também é a discussão no setor papeleiro entre Argentina e Uruguai. Isso nos leva a pensar que como a criação deste bloco aconteceu com interesses puramente comerciais e lucrativo, sempre existirá este tipo de conflito. Mas a partir do momento que ele for um bloco cultural, social, comercial e integracionista, essas discussões serão ponderadas e este tribunal fortalecido. Será importante um parlamento fortalecido e sociedade organziada para buscar o consenso, sem precisar.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Fequinfar

Últimas de Força

Todas de Força
3ª Conferência MetalMulheres debate equidade e protagonismo feminino
Força 12 SET 2025

3ª Conferência MetalMulheres debate equidade e protagonismo feminino

Justiça pelo Brasil e pela Democracia!
Força 12 SET 2025

Justiça pelo Brasil e pela Democracia!

Químicos realizam assembleia da Campanha Salarial em Itaquaquecetuba
Força 12 SET 2025

Químicos realizam assembleia da Campanha Salarial em Itaquaquecetuba

Nota de Pesar
Força 12 SET 2025

Nota de Pesar

Diretora do Sindnapi será delegada na Conferência Nacional da Pessoa Idosa
Força 11 SET 2025

Diretora do Sindnapi será delegada na Conferência Nacional da Pessoa Idosa

Seminário de Cipeiros da Borracha destaca saúde mental e segurança no trabalho
Força 11 SET 2025

Seminário de Cipeiros da Borracha destaca saúde mental e segurança no trabalho

SinSaúdeSP recorre de sentença trabalhista sobre demissões no Hospital Bela Vista
Força 11 SET 2025

SinSaúdeSP recorre de sentença trabalhista sobre demissões no Hospital Bela Vista

MTE lança Cartilha Amarela para prevenir suicídio no trabalho
Imprensa 11 SET 2025

MTE lança Cartilha Amarela para prevenir suicídio no trabalho

Diretores e dirigentes sindicais
Artigos 11 SET 2025

Diretores e dirigentes sindicais

Apoio ao protesto do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá
Força 10 SET 2025

Apoio ao protesto do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Sindec reforça campanha salarial e fiscalização de direitos no feriado
Força 10 SET 2025

Sindec reforça campanha salarial e fiscalização de direitos no feriado

Lançamento do livro 08 de janeiro com apoio das Centrais Sindicais
Imagem do dia 10 SET 2025

Lançamento do livro 08 de janeiro com apoio das Centrais Sindicais

Centrais debatem Mercosul-UE e cobram proteção ao emprego
Força 10 SET 2025

Centrais debatem Mercosul-UE e cobram proteção ao emprego

PL 2690/2025 fortalece papel dos sindicatos nas rescisões
Imprensa 10 SET 2025

PL 2690/2025 fortalece papel dos sindicatos nas rescisões

Patronal propõe retirar direitos dos frentistas do estado do RJ
Força 10 SET 2025

Patronal propõe retirar direitos dos frentistas do estado do RJ

Químicos de Suzano iniciam assembleias da Campanha Salarial
Força 10 SET 2025

Químicos de Suzano iniciam assembleias da Campanha Salarial

Campanha Salarial dos Metalúrgicos começa com boletim em Guarulhos
Força 10 SET 2025

Campanha Salarial dos Metalúrgicos começa com boletim em Guarulhos

Fequimfar: formação, presença em debates e articulação legislativa
Força 9 SET 2025

Fequimfar: formação, presença em debates e articulação legislativa

Encontro fortalece servidoras no enfrentamento à violência de gênero
Força 9 SET 2025

Encontro fortalece servidoras no enfrentamento à violência de gênero

Negociação salarial dos frentistas do RJ será retomada hoje
Força 9 SET 2025

Negociação salarial dos frentistas do RJ será retomada hoje

Centrais vão pressionar OMC por mediação contra tarifaço
Força 9 SET 2025

Centrais vão pressionar OMC por mediação contra tarifaço

Nossa soberania vencerá!
Palavra do Presidente 8 SET 2025

Nossa soberania vencerá!

Químicos de Lorena reelegem diretoria com votação expressiva
Força 8 SET 2025

Químicos de Lorena reelegem diretoria com votação expressiva

O avanço da direita é um desafio para o movimento sindical
Artigos 8 SET 2025

O avanço da direita é um desafio para o movimento sindical

Miguel Torres critica anistia e convoca mobilização sindical
Força 8 SET 2025

Miguel Torres critica anistia e convoca mobilização sindical

A submissão com síndrome de puxa-saco sem limites
Palavra do Presidente 8 SET 2025

A submissão com síndrome de puxa-saco sem limites

Centrais e movimentos sociais realizam atos pela soberania e direitos trabalhistas
Força 7 SET 2025

Centrais e movimentos sociais realizam atos pela soberania e direitos trabalhistas

Veja fotos do ato de 7 de setembro na Praça da República
Força 7 SET 2025

Veja fotos do ato de 7 de setembro na Praça da República

Sinterc DF/GO empossa nova diretoria em Brasília
Força 5 SET 2025

Sinterc DF/GO empossa nova diretoria em Brasília

Livro sobre resistência democrática após 8 de janeiro será lançado em Brasília
Força 5 SET 2025

Livro sobre resistência democrática após 8 de janeiro será lançado em Brasília

Aguarde! Carregando mais artigos...