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Fortaleza (CE): FORÇA SINDICAL-CE REALIZA A SUA SEGUNDA PLENÁRIA e fala de crise
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
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No dia último sábado, 13 de dezembro de 2008, no Hotel Tropical Residence em Fortaleza, foi realizada a 2° Plenária da Força Sindical-CE. O evento contou com a participação de autoridades importantes como o Ministro do Trabalho em exercício, André Figueiredo, o Vice-prefeito de Fortaleza, Carlos Veneranda, o Superintendente Regional do Trabalho, Francisco Assis Papito de Oliveira, membro da diretoria da Força Sindical Nacional, José Antônio Simão Ropdrigues; o representante da CONACCOVEST (Confederação NMacional do Vestuário), José Ricardo Leite, e o assessor econômico da Força Sindical Nacional, Marcos Perioto, além do economista do DIEESE, Reginaldo Aguiar que conversou com 200 trabalhadores sobre dois temas: A crise econômica e as perspectivas para os trabalhadores, e Pelo desenvolvimentop e valorização do trabalho.
A segunda Plenária Estadual cumpriu o seu papel principal que é de conscientizar a classe trabalhadora a se unificar cada vez mais e construir uma Força Sindical forte e combativa no estado. "Estou muito contente, pois realmente superou nossas expectativas. Foi uma plenária que alcançou nosso objetivo de passar aos trabalhadores sobre a crise mundial, conhecê-la e a partir daí, discutir com o patronato para que algo pior não venha acontecer com a gente, trabalhadores", comentou o presidente da Força Ceará, José Fernandes. O principal objetivo desta plenária foi de alertar os trabalhadores sobre a gravidade da crise e que o patronato pode tentar usar isso contra os trabalhadores, entretanto a Força Sindical está atenta para não permitir que direitos dos trabalhadores sejam tirados.Para o Superintendente do Trabalho, Papito de Oliveira, a crise só será superada se tiver união dos trabalhadores para poder garantir o desenvolvimento do país. A motivação de todos que palestravam e davam suas saudações foi notória, haja vista que o auditório estava lotado e as 200 pessoas usavam a camisa da Força Ceará.
O Técnico do DIEESE, Reginaldo Aguiar, explanou sobre os motivos da crise financeira mundial. A realidade brasileira, por enquanto, é diferente da dos Estados Unidos. Com a desvalorização cambial, quem tiver dívida em dólar terá um aumento no lucro. Alguns setores no país terão problemas e outros serão beneficiados como é o caso do investidor exportador. Já no exportador de minério, a produção será menor. No Brasil está havendo uma redução, adiamento ou cancelamento de investimento. Algumas empresas que apostaram no mercado futuro conseguiram crescer, apesar da crise.
Reginaldo falou das perspectivas do Brasil para 2009 "tudo vai depender do papel do Estado, pois estamos na crise do capitalismo. Portanto, o Estado terá que implementar políticas anticíclicas, ou seja, criar formas de financiamento para amenizar a crise. No entanto, a situação brasileira é a melhor do mundo." Também falou como o Governo Lula está agindo diante da crise e como o DIEESE está orientando os trabalhadores nesse processo: "O governo Lula está trabalhando contra a crise, mas tem que ampliar no ano que vem. Ainda não existem números para podermos avaliar esse processo, mas pode-se perceber que as obras do PAC têm influência no setor metalúrgico. Esse setor poderá ser beneficiado. "
O assessor econômico da Força NAcional deu a sua contribuição sobre a importância de se ter uma melhor organização nas Centrais Sindicais. Perioto, em sua palestra falou da importância, do ponto vista político e econômico, de um maior número de filiação para a Força Sindical e da burocratização, ou seja, a qualificação de profissionais para o melhor funcionamento da Central. No Ceará existem de 120 a 190 sindicatos independentes,e, dependendo do trabalho da Força, poderão ser futuros filiados. Portanto, nacionalmente está se tendo uma decisão coletiva a fim de se criar estratégias para atrair esses sindicatos para a Força. "Quanto mais trabalhador empregado melhor. Não sabemos ainda qual será a dimensão desse processo, no entanto alguns trabalhadores irão sofrer mais do que os outros. O que vai determinar se a crise terá enormes impactos ou não é a participação do Governo e a sua flexibilização para que a crise seja estabilizada. , afirma Perioto. As Centrais Sindicais entregaram um documento elencando 18 pontos de medidas para amenizar a crise, esse documento pode ser encontrado no site da Força Sindical www.fsindical.org.br