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Guarujá (SP): Motorista de ônibus é assaltado 2,35 vezes por dia
quinta-feira, 28 de março de 2013
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De 1º de janeiro e a 26 de março, foram 200 assaltos à mão armada, com um motorista atingido no rosto
Soraya Liguori
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No mesmo dia, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região protocolou ofício no 21º Batalhão da Polícia Militar, na mesma cidade.
O assunto das duas iniciativas é o mesmo: pedir segurança contra os assaltos à mão armada nos ônibus. Desde o começo do ano, foram 200 ocorrências, registradas nas delegacias de polícia locais.
A Câmara enviou moção ao Batalhão da PM, delegacias de polícia, à prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB), à Secretaria de Segurança Pública e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
No ofício ao major Rivaldo Pereira, o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, lembra que as agressões são cometidas diante de passageiros, colocando-os em risco.
O sindicalista sugere ao comando da PM mais policiamento nos pontos de maior ocorrência, que são nas avenidas Santos Dumont, Presidente Vargas, Eva Pereira e da Mata, na Vila Áurea e Morrinhos.
Segundo Pestana, os assaltos “não têm hora, nem lugar. São à luz do dia ou à noite. Com arma de fogo ou facas, os bandidos fazem a festa, sem a menor preocupação. O policiamento é inexistente”.
Ele explica que muito profissionais se recusam a trabalhar em algumas linhas, principalmente à noite, quando há maior incidência dos delitos.
À queima-roupa
Em 21 de março, um motorista, que o sindicato prefere não identificar, levou um tiro no rosto, disparado pelo mesmo menor que já o havia assaltado anteriormente.
O ferimento foi leve porque a arma utilizada era uma garrucha de fabricação caseira, carregada com bolinhas de chumbo. O tiro foi disparado à queima-roupa, da porta do veículo.
Os chumbinhos se espalharam e alguns atingiram o rosto de Ricardo, por pouco não acertando a vista ou artéria de grande sangramento.
O trabalhador passou por pronto-socorro, pelo Hospital Santo Amaro, em Guarujá, e foi internado no Frei Galvão, em Santos, onde houve cirurgia para retirada dos estilhaços.
A empresa registrou todos os assaltos em boletins de ocorrências e forneceu as imagens do sistema interno dos ônibus para as polícias civil e militar.
O sindicato orienta os motoristas a nunca reagirem e também a não usar objetos pessoais de valor no trabalho, como relógios, anéis, correntes, pulseiras e celulares.
“Os assaltantes estão tão confortáveis que nem fogem mais”, reclama Pestana. “Sobem nos ônibus, ameaçam o motorista, roubam, tudo sem pressa. E ficam no local, esperando a próxima vítima”.