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Metalúrgicos do Brasil vão parar dia 25 de abril pela redução da jornada de trabalho
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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As centrais sindicais e os metalúrgicos de todo o Brasil ligados à CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/Força Sindical) e à CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos/CUT) vão promover paralisações e manifestações em todo o País pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pela ratificação da Convenção 158 da OIT - que impede a demissão imotivada-, começando pelos metalúrgicos ligados às duas confederações.
O lançamento da Campanha e do calendário de atividades para o Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho foi divulgado hoje de manhã, em entrevista conjunta da Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, NCST e UGT e confederações.
25 DE ABRIL (sexta-feira): Primeira grande manifestação com paralisações envolvendo mais de dois milhões de metalúrgicos de todo o País, comandados pela CNTM e CNM.
Haverá manifestações em todos os Estados onde as duas confederações têm representação.
Em São Paulo: os metalúrgicos da capital e de Mogi das Cruzes vão se concentrar na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (rua Galvão Bueno, 782, Liberdade) a partir das 10h e, de lá, seguir em passeata até a praça da Sé, onde irão se encontrar com os trabalhadores metalúrgicos do ABC, e fazer uma grande manifestação pública. O encontro dos trabalhadores vai acontecer por volta das 11h30.
Depois do dia 25, CNTM e CNM vão encaminhar uma pauta à CNI (Confederação Nacional da Indústria) para discutir a questão da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a Convenção 158.
28 DE MAIO (quarta-feira): Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução salarial promovido pelas centrais sindicais, com paralisações e manifestações em todos os Estados envolvendo todos os setores da economia – metalúrgicos, químicos, padeiros, bancários, transporte etc.
Intensificar o abaixo-assinado pela redução da jornada que vem sendo feito em âmbito nacional, com objetivo de coletar mais de 1 milhão de assinaturas. O documento será entregue ao Congresso Nacional reivindicando a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 393/01, da redução da jornada, dos senadores Paulo Paim e Inácio Arruda.
Momento favorável e benefícios
Durante a coletiva, as centrais falaram da importância da unidade das centrais em mais esta campanha, lembraram que o momento econômico é propício para a redução da jornada – a economia está crescendo, a atividade industrial está no pico, o consumo aumentou-, e listaram os benefícios que a redução da jornada irá trazer:
geração de empregos,
redução das horas-extras,
menos desgaste físico e mais produtividade do trabalhador,
menos acidentes de trabalho,
menos problemas de saúde relacionados ao trabalho,
o trabalhador terá mais tempo para estudar e se qualificar profissionalmente, para descansar, para a família e o lazer
"A luta pela redução da jornada é pra valer. Não dá pra fazer de conta, por isso, vamos fazer manifestações e paralisações. De hoje (14) até o dia 28 de maio vamos desencadear um processo de assembléias por categorias para adesão ao dia 28 de maio e, depois, iniciar um processo de negociações com o empresariado, com os parlamentares e o governo", afirmou Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
"Com a redução da jornada pretendemos combater a terceirização irregular e as desigualdades salariais que diferenciam os trabalhadores", afirmou Eleno Bezerra, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.