
Como tudo possui um limite, parece que o povo atingiu seu ponto máximo, em face dos repetidos e intermináveis abusos dessa elite dominante que conta com os parlamentares como seus serviçais. Contrariados com a indiferença desses políticos, diante da desigualdade social e da ganância dessa minoria privilegiada, o povo optou por reagir, utilizando, atualmente, o poder das redes sociais para expressar sua insatisfação em relação ao sistema escravocrata.
O estopim da nossa rebelião contra a desigualdade foi a derrubada do veto à Medida Provisória do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), enviada pelo Poder Executivo ao Congresso, a fim de tributar os mais ricos. Esses endinheirados sempre sonegaram e pagam menos impostos que a classe trabalhadora.
A população brasileira enfrenta uma carga tributária excessiva e não possui alternativas para evitar o pagamento, uma vez que os tributos estão inclusos nos preços dos produtos de consumo, como os da cesta básica, e são descontados diretamente nos contracheques.
A iniciativa do executivo de reagir com postagens nas redes explicitando a realidade e a chantagem do Congresso foi acertada. Esse comportamento vicioso das elites, que consiste em retirar dos mais pobres para beneficiar os ricos, despertou a consciência de classe e ampliou a percepção e o entendimento do povo “cordial”.
O cidadão brasileiro compreendeu a gravidade da situação e manifestou-se de forma cívica e digna nas plataformas digitais, exigindo respeito e denunciando a manobra indecorosa do Congresso Nacional para obter recursos do governo.
A população respondeu ao chamado para a luta de classes, cujo ponto culminante será a manifestação agendada para a próxima quinta-feira, dia 10 de julho. O surgimento da conscientização política das massas não é algo comum e simples; portanto, quando ocorre, é fundamental saber utilizar e preservar esse estímulo na luta contra a desigualdade social.
O governo necessita de discernimento para aproveitar essa oportunidade histórica ímpar e não frustrar a população. Esse movimento é fruto de sofrimento, decepção e indignação com essa exploração secular, que persiste de forma escancarada e escandalosa, nos atos e atitudes das oligarquias política, judiciária e empresarial. Mais uma vez, o nosso amado povo heroico não foge à luta!
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do Sinpospetro-RJ e da Fenepospetro