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Paulinho pede licença temporária da presidência estadual do PDT
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Força
À Direção Nacional do PDT
Exmo. Sr. Presidente Vieira da Cunha
Tenho sido alvo, nas últimas semanas, de uma implacável, insidiosa e perversa campanha de desmoralização pública, toda baseada em acusações e denúncias falsas e manipuladas. São denúncias extraídas de conversas entre pessoas que declaradamente, conforme já confessaram na Justiça, usaram meu nome indevidamente.
Nego, terminantemente, e negarei sempre, ter qualquer relação com supostas ações de tráfico de influência para obter empréstimos do BNDES para empresas e prefeituras. É público o rigor com que esta instituição recebe, examina, enquadra e libera propostas de financiamento. Sobre estas acusações provarei minha inocência.
Vivemos em um Estado de Direito. Mas, infelizmente, invadem de forma arbitrária nossa vida e a vida de nossas famílias para nos acusar de crimes que não cometemos, e nos obrigam a provar nós mesmos a nossa inocência, numa absurda inversão de valores.
Nos anos 50, os conservadores, os inimigos do povo e dos trabalhadores tentaram manchar a honra do grande Getúlio Vargas, levando-o ao suicídio. Em 1964, golpearam o presidente João Goulart e o grande líder Leonel Brizola, que passou a vida inteira, até a morte, perseguido por estas forças.
Recentemente, foi o presidente do PDT e ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, obrigado a se defender de acusações absurdas e impertinentes, de tal forma que acabou sem necessidade a se licenciar do partido ao qual dava e dá todo o tempo de sua vida.
Agora, é comigo. Por quê? Porque querem tirar o protagonismo do movimento sindical do cenário político nacional. Querem atacar os direitos conquistados e evitar novas conquistas dos trabalhadores. Querem impedir a unidade dos trabalhadores através de suas centrais sindicais. Unidade da qual, sem falsa modéstia, sou defensor e fiador.
Com o meu mandato venho liderando lutas vitoriosas: apoio ao veto à Emenda 3 da Super Receita, legalização das centrais sindicais, política de valorização do salário mínimo, correção da tabela do imposto de renda, e tantas outras. Conquistas estas, contra a vontade e a campanha venenosa dos conservadores que preferem explorar os trabalhadores nas cidades e escravizá-los no campo, em suas fazendas medievais.
Num momento decisivo de nossa história, decidi, junto com a maioria de meus companheiros sindicalistas, apoiar o governo do presidente Lula, cuja política econômica sempre critiquei e ainda critico em alguns pontos, como os altos juros, mas cuja política social não tenho como não apoiar, porque é redentora e só não é maior porque nos faltam recursos que ainda vão para bancos e especuladores.
Enfrentei e continuarei enfrentando, no Congresso Nacional, nos setores econômicos, na sociedade, todos aqueles que não gostam do povo e não querem que existam sindicatos fortes, com poder para defender os mais fracos diante dos que, fortes, usam esta força não para a convivência democrática, mas contra os direitos da população menos favorecida.
Fui eleito pelos trabalhadores e tenho as responsabilidades assumidas na campanha eleitoral vitoriosa e nas batalhas e lutas do mundo do trabalho.
A verdade é uma só. E nela confio. Para me concentrar nas justas defesas de meu mandato e no desmascaramento das infundadas acusações, comunico à direção nacional do PDT o meu licenciamento da presidência estadual do PDT de São Paulo.
PAULO PEREIRA DA SILVA (PAULINHO)
Deputado Federal (PDT-SP)
Presidente da Força Sindical