Apesar da lei complementar federal 173-2020, de 28 de maio, que proíbe reajuste salarial aos servidores até dezembro de 2021, a diretoria do Sindest persiste na campanha de data-base deste ano.
Sindest é o sindicato dos 12 mil servidores estatutários municipais de Santos e 4 mil aposentados, com data de renovação de acordo coletivo de trabalho em fevereiro.
Em ‘live’ na noite desta terça-feira (16), o presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, acompanhado por três diretores, falou sobre a primeira reunião com a prefeitura, na sexta-feira (12).
A negociação foi com o secretário municipal de gestão e finanças, Adriano Luiz Leocádio, que ponderou sobre as dificuldades impostas pela legislação, mas garantiu a manutenção das reuniões.
Na ‘live’, Fábio lembrou que a campanha salarial de 2020 está inacabada, em grau de recurso do sindicato no STF (supremo tribunal federal), e que a pauta deste ano foi reeditada.
Segundo ele, o sindicato acrescentou ao documento entregue à prefeitura em novembro a perda inflacionária de fevereiro do ano passado ao mesmo mês de 2021.
Reformas de destruição
Entre os pontos a serem discutidos com a administração, está a dívida de R$ 40 milhões, com 4 mil servidores da ativa e aposentados, a título de pecúnia atrasada há três anos.
O secretário explicou que a prefeitura vem quitando R$ 1 milhão por mês e disse que esse valor pode ser aumentando em cerca de R$ 350 mil por cada parcela.
Fábio, por sua vez, propôs que essa correção seja aumentada, ao ponto de ficar em R$ 1 milhão e 500 mil “ou mais. Queremos acabar com a fila da pecúnia o mais rápido possível”.
A reforma administrativa que está no congresso nacional também foi aborda na ‘live’. Para Fábio, “ela vem para acabar com os serviços públicos, principalmente de saúde, educação e segurança”.
O sindicalista entende que a reforma colocará os serviços nas mãos da iniciativa privada, deixando o estado atuar apenas onde os empresários não vão querer participar, como nos rincões do país.
Para ele, a reforma trabalhista “não foi reforma, mas sim a extinção dos direitos trabalhistas. A reforma da previdência foi para acabar com a previdência. E a reforma administrativa também é de destruição”.