Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Força
Santos (SP): Prefeito de Santos e deputados panfletam no porto nesta 2ª-feira
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Força
Eles acompanharão os presidentes, diretores e trabalhadores dos nove sindicatos do porto, em protesto contra a Medida Provisória 595-2102, que regulamenta as atividades portuárias. A categoria decretou greve de seis horas para a manhã de sexta-feira (22).
Também nesta segunda-feira (18), às 14 horas, o Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport) despachará um ônibus para Brasília, lotado de trabalhadores, para acompanhar a plenária nacional da categoria, na terça, quarta e quinta-feira (19, 20 e 21).
O ônibus sairá da sede do sindicato, o segundo maior do porto, na Rua General Câmara, 258, Centro, fone 13-4009-6518.
Na terça-feira (19), às 15 horas, com a mesma finalidade, o Sindicato dos Estivadores, o maior do porto, mandará dois ônibus para a Capital. A saída será da Rua dos Estivadores, 101, Paquetá.
Nessa plenária, os sindicatos de Santos proporão, aos demais do país, que a paralisação seja nacional. A greve em Santos foi definida na sexta-feira (15), em reunião dos nove sindicatos.
Demais prefeitos
O presidente dos estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, diz que, após a panfletagem no posto de escala da Avenida Portuária, em frente ao terminal de contêineres da Libra, os manifestantes distribuirão o mesmo material em pontos diferentes da cidade.
Durante o dia, a comitiva buscará apoio das prefeitas de Guarujá e Cubatão, Maria Antonieta de Brito (PMDB) e Márcia Rosa (PT), além do prefeito de São Vicente, Luiz Cláudio Billi (PP).
“A medida não prejudica apenas os trabalhadores”, adverte Rodnei, “mas também a economia das cidades da região. O prefeito de Santos já entendeu isso e esperamos que os demais também entrem nessa luta”.
CPI do porto
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, Valdir de Souza Pestana, concorda com o envolvimento das autoridades municipais e da população na campanha contra a MP 595.
Segundo ele, a medida provisória “provocará uma queda violenta na arrecadação de ISS (imposto sobre serviços) pelas prefeituras, agravando o empobrecimento das cidades gerado, desde 1993, com a implantação da chamada lei dos portos (8630)”.
Valdir Pestana chegou a propor, na reunião da semana passada, que os sindicatos indiquem aos deputados federais uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) dos portos. Essa ideia já havia sido ventilada pelo ex-presidente da estiva Vanderlei José da Silva, em janeiro.
“Talvez a CPI consiga mostrar à sociedade tudo que vem acontecendo de errado e ilegal nos portos há mais de 20 anos. Ela poderia comprovar, por exemplo, que advogados do megaempresário Eike Batista redigiram artigos dessa recente MP”, pondera Pestana.
Trabalhadores?
O presidente do Sintraport, Robson de Lima Apolinário, ironiza o nome do partido da presidenta Dilma Rousseff (PT), que assinou a MP 595 no começo de dezembro: “Dos trabalhadores? Não. Partido dos empresários”.
Ele explica: “A medida foi encomendada e teve alguns pontos até redigidos por assessoria jurídica de megaempresários. A imprensa chegou a noticiar que Eike Batista foi um deles. Os trabalhadores sequer foram ouvidos”.
Robson Apolinário destaca que as bancadas ligadas às confederações nacionais da indústria (CNI) e do agronegócio (CNA) apoiam a MP 595: “Como se vê, estamos brigando contra muito poder e muito dinheiro”.