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São Paulo (SP): Força Sindical debate com Sindicato dos Funcionários do Banco Central o papel das centrais e dos sindicatos
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
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O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), e o secretário de Relações Sindicais, Geraldino dos Santos, se reuniram em São Paulo com dirigentes do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal): o diretor de Estudos Técnicos, Eduardo Stalin e o assessor parlamentar, Paulo Eduardo de Freitas. Na pauta de discussão, o seminário com as centrais que o Sinal irá realizar no próximo dia 26; a relação entre as centrais e os sindicatos filiados, a valorização do servidor público, o papel institucional do BC, entre outros temas.
"O nosso referencial está muito ligado ao setor produtivo privado. Mas, há uma necessidade de termos sindicatos de servidores públicos filiados à Força, pois assim nos aproximamos das discussões que eles têm com os governos e daí termos uma referência geral do conjunto dos trabalhadores. Temos procurado sanar esta lacuna, principalmente em relação aos servidores municipais", disse Juruna.
O secretário-geral da Força afirmou que "o servidor público tem que ser cada vez mais valorizado, bem remunerado, para melhor atender a população, principalmente os setores mais carentes. Se você não da condições ao funcionalismo, lá na ponta não será bem atendida a população carente".
Juruna aceitou o convite feito à Força Sindical para que esta participe do seminário que acontecerá em Brasília, com transmissão pela TV Bacen, que terá como convidados lideranças das carreiras exclusivas de Estado, que abrangem cerca de 100 mil servidores. Além dos funcionários do BC, os da Receita Federal, Ministério Público, Advocacia Geral da União, Polícia Federal, entre outras. "O seminário vai dar oportunidade para as centrais apresentarem suas propostas para a categoria. Posteriormente vamos fazer um seminário, em fevereiro ou março, e submeter à categoria a filiação a uma central. Em caso positivo, qual delas", informou Stalin.
Segundo Paulo Eduardo, "o Sinal foi constituído há 21 anos, vencendo a resistência interna da direção do banco, mas a atuação da categoria no movimento sindicato teve início em 1978. Nós atuamos em duas frentes, a institucional e a pauta sindical. Em relação ao primeiro tema, nós temos a questão da autonomia do banco Central e a discussão da taxa de juros. O mais forte é o da autonomia, pois a instituição tem uma função de Estado, que independe do governo, de manter a inflação sob controle e fiscalizar os bancos". E acrescentou: "Foi diante dessa circunstância bem específica, que nós constituímos o sindicato. Mas, nós não compartilhamos com ideia de sindicato por empresa".
Ele ressaltou que discussão de filiação a uma central se dá em função da necessidade de ter uma articulação mais forte da que o Sinal tem atualmente: "A central sindical tem mais espaço social de inserção. Nas questões específicas nós temos conseguido fazer as campanhas salariais. E queremos levar um pouco da nossa contribuição à central".
"Vários sindicatos não filiam a uma central porque acham que a central vai tomar conta. A Força, como as demais, creio eu, reforça o papel dos sindicatos nas negociações. Se formos chamados, a critério das entidades filiadas, nós damos apoio. A Força Sindical resguarda a autonomia dos seus sindicatos nas negociações, nós apenas damos respaldo", esclareceu Juruna.
"Nós colocamos em pé de igualdade as convenções 151 e 158 da OIT. É resolução de nosso 6º Congresso. Para melhorar a qualidade de vida do servidor público é necessária a negociação coletiva, principalmente com as prefeituras", sublinhou Geraldino.