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São Paulo (SP): Trabalhadores encerram acampamento pelas 40h com lavagem simbólica da Fiesp
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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O acampamento pela redução da jornada de trabalho montado desde terça-feira passada pelos trabalhadores de diversas categorias - construção civil, costureiras, químicos, têxteis, telefônicos, gráficos e metalúrgicos - em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do ESP), na Avenida Paulista, 1.313, foi encerrado nesta sexta-feira, ao meio-dia, com a lavagem da calçada do prédio da entidade com ervas perfumadas.
A lavagem foi feita por sete mulheres ´filhas` da Comunidade da Luz, ao som da música Rainha Negra, de Maria Bethânia, e acompanhada por cerca de 200 manifestantes.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Miguel Torres, falou da importância do conjunto das atividades desenvolvidas esta semana pelas entidades sindicais, em frente à entidade patronal, “símbolo do capital”, para divulgar para a população a luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho no País, sem redução de salários.
“A lavagem, simbólica, é para purificar este espaço, a cabeça e o coração dos empresários, para que eles se convençam de que é possível termos redução de jornada no Brasil, com desenvolvimento econômico e social”, disse Miguel Torres.
Após a lavagem, com vassouras e rodo, os manifestantes varreram o local e encerraram o ato bradando em coro “40 horas, já! pro emprego aumentar”.
Miguel Torres reforça que a luta pela redução da jornada não para por aqui. “O silêncio da Fiesp em relação a esta questão não vai enfraquecer a luta. Vamos continuar pressionando o Congresso Nacional a aprovar a PEC 231 das 40h, e negociando acordos de redução com as empresas”, disse.
A Fiesp recebeu a pauta com pedido de negociação para a redução da jornada no dia 12 de março, e até agora não deu nenhuma resposta aos trabalhadores.