Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP.
O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas.
O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
Central Única dos Trabalhadores (CUT);
Força Sindical;
União Geral dos Trabalhadores (UGT);
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST);
Central de Sindicatos do Brasil (CSB);
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e
Pública – Central do Servidor
Este ano, o lema do 1º de Maio Unificado será “Por um Brasil mais Justo” e vai destacar emprego decente; correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para trabalho igual e valorização do serviço público.
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Desigualdade cresce no Brasil, e rendimento mensal é o menor em 10 anos
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sexta-feira, 10 de junho de 2022
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Desigualdade cresce no Brasil, e rendimento mensal é o menor em 10 anos
Em 2021, 1% dos brasileiros com renda mais alta tiveram rendimento 38,4 vezes maior que os 50% que ganham menos
O Brasil viu diminuir o rendimento da população e aumentar a desigualdade em 2021, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (10). Assim, “o 1% da população brasileira com renda mais alta teve rendimento 38,4 vezes maior que a média dos 50% com as menores remunerações”, destaca o instituto. E a queda foi maior para quem ganha menos.
O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% no ano passado, para R$ 1.353. Foi o menor valor da série histórica, iniciada em 2012, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. ““Esse resultado é explicado pela queda do rendimento médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se recuperar, e também pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do aluguel”, diz Alessandra Scalioni, analista da pesquisa.
Auxílio emergencial
Ainda segundo o IBGE, o percentual de pessoas com algum rendimento, de qualquer tipo, também caiu, de 61% para 59,8%, e retornou a 2012, menor nível da série. O percentual de “Todos os trabalhos” subiu de 40,1% para 41,1%, “o que corrobora o aumento de ocupação no país”. Mas houve queda no demais itens (“outros rendimentos ” e “outras fontes”). A renda do trabalho corresponde a 75,3%, enquanto aposentadorias e pensões representam 18,2%. A pesquisa considera ainda itens como aluguel, pensão, doação, mesada e programas sociais. Na questão do auxílio emergencial, “há menos gente ganhando e o valor também diminuiu”, observa a analista do IBGE.
Além disso, a Pnad mostra desigualdade de renda: o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar por pessoa aumentou e retornou ao patamar de 2019: 0,544. Quanto maior o número , maior a desigualdade, que cresceu em todas as regiões, mas principalmente no Norte e no Nordeste. “São regiões onde o recebimento do auxílio emergencial atingiu maior proporção de domicílios durante a pandemia de covid-19 e que, por isso, podem ter sido mais afetadas com as mudanças no programa ocorridas em 2021”, diz Alessandra.
Renda do trabalho
Já o rendimento médio do trabalho ficou praticamente estável (de 0,500 para 0,499). “Esse resultado demonstra que o retorno de parte da população ocupada em 2021 reduziu a média de rendimento e não modificou o perfil da distribuição de renda do trabalho no país”, analisa o IBGE.
Disseminada entre as classes, a queda na renda foi mais intensa para quem ganha menos. Entre os 5% de menor renda, caiu 33,9% e entre os de 5% a 10%, caiu 31,8%. Já entre o 1% com maior renda, a queda foi de 6,4% E aproximadamente metade da população com menores rendimentos recebeu, em média, R$ 415, queda de 15,1% em relação a 2020, também no menor valor da série histórica.