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PIB em 2018 dependerá menos do agronegócio, diz FGV
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
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De acordo com o documento, o PIB brasileiro deverá crescer apenas 0,4% em 2017 sem a contribuição do agronegócio, bem abaixo da projeção do Ibre para o crescimento total da economia, de 1%. Já no ano que vem, o boletim destaca que o PIB, sem a contribuição do setor agropecuário, crescerá além do PIB total, 3% contra 2,8%.
"O PIB deste ano engana muito por causa dos números muito altos de agro, que não repetirá o desempenho tão bom de 2017. Então, tirando agro, muita coisa já está contratada, principalmente para o primeiro semestre. A recuperação vai continuar por todos os setores, começando por serviços e consumo das famílias. Os investimentos vão crescer, mas terão uma retomada mais tímida por causa das incertezas geradas pela indefinição do quadro eleitoral", avalia Silvia Matos, do Ibre-FGV.
Ela menciona também a manutenção de cenários benignos de juros, inflação e do setor externo como elementos que darão sustentação ao crescimento da economia no ano que vem.
Sobre o sentimento de consumidores e empresários para 2018, o Boletim Macro aponta que os indicadores de confiança medidos pela FGV se manterão em trajetória ascendente nos próximos meses. Isso é explicado pelo próprio processo de recuperação econômica e, novamente, por inflação e juros em níveis baixos e mercado de trabalho melhorando.
Apesar desse indicativo, há um descolamento recorde entre o grau de confiança dos consumidores, em trajetória de alta, e o índice de popularidade do presidente da República, em baixa. "É um dado bastante atípico que mostra que a economia está descolada da política", diz Silvia.
A última edição de 2017 do Boletim Macro, que é coordenado por Armando Castelar Pinheiro, Silvia Matos e Julio Mereb, ainda lembra do economista Regis Bonelli, pesquisador ativo do Ibre-FGV, morto na semana passada, vítima de câncer. "Ficará um vazio muito grande sem ele aqui no Ibre. Para o país, é a perda de um grande economista e pensador."