Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Pleno do TST afasta prevalência de acordo sobre CLT

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Imprensa

Pleno do TST afasta prevalência de acordo sobre CLT

TSTCrédito: Divulgação

O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) entendeu ontem que nem todo acordo coletivo deve prevalecer sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A decisão, por maioria de votos, afastou cláusula sobre pagamento de horas de deslocamento (in itinere). Foi a primeira vez que o colegiado se manifestou sobre o polêmico tema.

"Tivemos um julgamento histórico, fixando parâmetros que vão nos balizar no TST", afirmou o presidente do tribunal, ministro Ives Gandra Martins Filho, vencido no julgamento que reuniu 26 magistrados.

Na decisão, a maioria dos ministros reconheceu que a autonomia negocial coletiva não é absoluta e que os precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) em sentido contrário não se aplicariam ao caso concreto. Eles entenderam que, no processo analisado, a cláusula deveria ser afastada por não ter apresentado contrapartida para os trabalhadores.

O processo julgado envolve a Usina de Açúcar Santa Terezinha. Conforme relatado na sessão, o acordo coletivo limita o número de horas de deslocamento e estabelece natureza indenizatória para o pagamento – sem repercussão em férias, FGTS, 13º salário, contribuições previdenciárias ou Imposto de Renda. A empresa ainda poderá recorrer da decisão ao STF.

O julgamento dividiu os ministros do Pleno. O relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, votou contra a cláusula negociada. No voto, listou seis razões para negar o pedido da empresa. Para ele, a jornada de trabalho é um direito indisponível por envolver a dignidade da pessoa humana e medicina e segurança do trabalho. Além disso, o relator questionou negociação feita sem cláusula compensatória e defendeu que a autonomia negocial coletiva não dá poder para alteração de natureza de parcela – de indenizatória para remuneratória.

Apenas quatro ministros defenderam que, no caso concreto, a cláusula seria válida. A divergência foi inaugurada pelo presidente do TST, ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, que defendia o texto, por considerar que havia vantagens aos trabalhadores na negociação.

O ministro José Roberto Pimenta chegou a afirmar na sessão que o presidente do TST está "em uma verdadeira cruzada" para revisar a jurisprudência do TST sobre o assunto. O ministro defendeu que o princípio do negociado prevalecer sobre o legislado não pode ser definido pela via judicial. "Cabe aos demais poderes legislarem a respeito e assumirem a responsabilidade histórica por isso", disse.

Alguns ministros haviam solicitado que o processo fosse julgado como repetitivo, para fixar uma tese a ser aplicada em casos iguais. Porém, a maioria decidiu julgar o caso de forma regular, como precedente do Pleno.

Para o ministro Aloysio Silva Corrêa da Veiga, a tese não estaria bem dimensionada no caso julgado para ser fixado um resultado absoluto. O ministro defendeu que seria necessária uma decisão mais abrangente para regular de uma vez por todas quais os limites da atuação do sindicato na celebração de acordos coletivos.

No julgamento, os ministros citaram precedentes do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, um de 2015 e outro deste ano. Eles traçaram algumas diferenças entre os casos concretos, especialmente a recente decisão do ministro Teori Zavascki que também tratava de horas in itinere – na qual o acordo coletivo foi aceito.

Segundo o ministro Walmir Oliveira da Costa, os precedentes do STF não incidem no caso concreto, pois um trata de plano de desligamento voluntário (PDV) e outro de quantitativo de horas in itinere, e não da natureza das verbas (salarial ou indenizatória), como no caso concreto. Os ministros também destacaram que a decisão de Zavascki demonstrou que havia contrapartida para os trabalhadores.

O ministro Mauricio Godinho Delgado afirmou que a interpretação do STF ao julgar PDV em 2015 foi pontual, em uma situação que não é regulada pela norma jurídica, já que não existe lei para planos de desligamento voluntário. "Nesse contexto é possível criar certas regras", afirma. Para o ministro, uma ampliação excessiva da negociação coletiva trabalhista traria o risco de aprofundar o déficit público, pela frustração da possibilidade de arrecadação previdenciária e tributária no país.

O advogado que representa o trabalhador no caso, José Eymard Loguercio, do escritório LBS Advogados, afirmou que o TST confirmou sua jurisprudência de que é necessário avaliar cada caso em se tratando de negociações. "Pela leitura do TST, o Supremo não autorizou, genericamente, o negociado sobre o legislado, mas dependendo das contrapartidas e da negociação", afirmou ao final do julgamento. Apesar se não ter sido aceita a tese completa do relator, que estabelecia mais condições para o acordo ser aceito, a decisão foi favorável ao trabalhador.

Segundo o advogado Wagner Gusmão, do escritório Tristão Fernandes Advogados, a decisão mantém a jurisprudência do TST e é um pouco mais restritiva do que as decisões do STF. "No julgamento, o TST ponderou que há limites à autonomia coletiva, enquanto o STF entendeu pela autonomia plena", disse. "É bom que seja uma análise de cada caso, pois ela dá ao magistrado a possibilidade de avaliar se a vantagem ofertada no acordo coletivo compensa a flexibilização do direito."

Fonte: Valor Econômico

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Mulheres exigem voz e igualdade na COP30
COP-30 12 NOV 2025

Mulheres exigem voz e igualdade na COP30

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real
Força 12 NOV 2025

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30
COP-30 12 NOV 2025

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira
Força 12 NOV 2025

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência
Imprensa 12 NOV 2025

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30
COP-30 11 NOV 2025

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário
Força 11 NOV 2025

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia
Força 10 NOV 2025

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia

Sindec-POA reforça apoio ao projeto de redução da jornada e fim da escada 6×1
Força 10 NOV 2025

Sindec-POA reforça apoio ao projeto de redução da jornada e fim da escada 6×1

Serginho reforça defesa do FAT e do tripartismo em assembleia do FONSET
Força 10 NOV 2025

Serginho reforça defesa do FAT e do tripartismo em assembleia do FONSET

OIT e Comissão Europeia vão organizar o Pavilhão da Transição Justa na COP30
COP-30 10 NOV 2025

OIT e Comissão Europeia vão organizar o Pavilhão da Transição Justa na COP30

MTE debate transição justa e saúde do trabalhador na COP30
COP-30 10 NOV 2025

MTE debate transição justa e saúde do trabalhador na COP30

Debate reforça impacto do fim da escala 6×1 na alimentação fora do lar
Imprensa 10 NOV 2025

Debate reforça impacto do fim da escala 6×1 na alimentação fora do lar

Força, união e solidariedade à população do Paraná
Força 10 NOV 2025

Força, união e solidariedade à população do Paraná

Força Sindical integra 4º Congresso da IndustriALL em Sydney
Força 7 NOV 2025

Força Sindical integra 4º Congresso da IndustriALL em Sydney

Centrais sindicais reúnem-se para falar sobre COP 30
Força 7 NOV 2025

Centrais sindicais reúnem-se para falar sobre COP 30

COP30 e o desafio de proteger os trabalhadores diante das mudanças climáticas
Artigos 7 NOV 2025

COP30 e o desafio de proteger os trabalhadores diante das mudanças climáticas

Sindicalismo leva trabalho decente e transição justa à COP30
COP-30 7 NOV 2025

Sindicalismo leva trabalho decente e transição justa à COP30

Chicão ministra curso de negociação e fortalece formação sindical
Força 7 NOV 2025

Chicão ministra curso de negociação e fortalece formação sindical

Frentistas fortalecem fórum jurídico em Encontro Nacional
Força 7 NOV 2025

Frentistas fortalecem fórum jurídico em Encontro Nacional

Sintrabor e DIESAT: ações com foco em saúde e segurança
Força 7 NOV 2025

Sintrabor e DIESAT: ações com foco em saúde e segurança

Encontro dos Trabalhadores na COP30 reforça unidade sindical
COP-30 7 NOV 2025

Encontro dos Trabalhadores na COP30 reforça unidade sindical

Sindnapi disputa a eleição para o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de SP
Força 7 NOV 2025

Sindnapi disputa a eleição para o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de SP

NOTA – Justiça tributária avança: isenção de IR até R$ 5 mil e tributação maior aos super-ricos
Força 6 NOV 2025

NOTA – Justiça tributária avança: isenção de IR até R$ 5 mil e tributação maior aos super-ricos

A luta pelo tempo livre e o fim da escala 6×1
Imprensa 6 NOV 2025

A luta pelo tempo livre e o fim da escala 6×1

Juros altos são uma irresponsabilidade com o Brasil
Palavra do Presidente 6 NOV 2025

Juros altos são uma irresponsabilidade com o Brasil

Vitória da luta e pressão sindical: Senado aprova isenção do IR para R$ 5 mil
Força 6 NOV 2025

Vitória da luta e pressão sindical: Senado aprova isenção do IR para R$ 5 mil

Metalúrgicos da AGCO debatem reajuste e direitos em Mogi
Força 6 NOV 2025

Metalúrgicos da AGCO debatem reajuste e direitos em Mogi

Juros altos é irresponsabilidade com o País
Força 5 NOV 2025

Juros altos é irresponsabilidade com o País

Mulheres sindicalistas fortalecem liderança e negociação com igualdade
Força 5 NOV 2025

Mulheres sindicalistas fortalecem liderança e negociação com igualdade

Aguarde! Carregando mais artigos...