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Imprensa
Volta Redonda (RJ): Sindicato colhe assinaturas em pedido de termo de compromisso
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
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Divulgação
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No caso de a Companhia conseguir comprar a parte do ThyssenKrupp na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que é uma sociedade do grupo alemão (cerca de 73%) com a mineradora Vale (cerca de 27%).
O motivo da preocupação de Renato Soares é que as instalações da CSA – que produz apenas placas de aço – poderiam substituir a coqueria, a sinterização, o pátio de matérias-primas, os altos-fornos, a aciaria e a corrida contínua da Usina Presidente Vargas, o que geraria, segundo os cálculos dele, cerca de oito mil demissões em Volta Redonda, entre empregados diretos da CSN e terceirizados.
– O Sindicato dos Metalúrgicos não tem nada contra a CSN adquirir mais siderúrgicas. Só queremos garantir que essas compras não gerem desemprego em Volta Redonda. Um compromisso escrito da CSN nesse sentido seria suficiente. Como o BNDES deve ser sócio da Companhia no negócio, o governo pode perfeitamente exigir garantias de que o dinheiro público não será usado para fechar postos de trabalho no Brasil. Não quero repetir o erro cometido por algumas lideranças na época da privatização, quando muita energia foi gasta tentando inutilmente evitar a venda da CSN e pouca coisa foi feita para evitar que o negócio fosse feito de modo a gerar o mínimo de prejuízo possível para a cidade – declarou Renato.
O deputado federal Deley de Oliveira (PSC), também registrou, em discurso feito no plenário da Câmara dos Deputados, sua preocupação com as possíveis consequências do negócio.
– Eu queria que o BNDES ficasse muito atento. Não há nenhum problema de esse senhor adquirir a siderúrgica de Santa Cruz. Agora, nós temos uma grande preocupação. Nós vamos ficar atentos, vamos tomar as medidas cabíveis para que o BNDES preste muita atenção nessa parceria que está se desenhando. Se for para prejudicar aquela nossa região de Volta Redonda e todo o sul fluminense, não tenha dúvida de que nós vamos tomar as atitudes cabíveis – disse Deley.
CSN vai precisar da capacidade da CSA para mandar aço para os EUA
Contra a possibilidade de desativação de equipamentos em Volta Redonda, pesa um argumento técnico: junto com a CSA, que tem capacidade para produzir cinco milhões de toneladas de placas por ano, a CSN pretende comprar também a laminadora de Calvert, que pode processar 4,5 milhões de toneladas anuais.
Não faria sentido a CSN abrir mão da capacidade da Usina Presidente Vargas, se, considerando as perdas potenciais durante o processo de laminação, toda a produção da CSA seria usada para ‘alimentar’ a laminadora de Calvert. Além disso, de acordo com analistas da World Steel Association (WSA), os EUA indústria siderúrgica está saindo gradualmente da crise. No final de 2012 a produção de aço no país aumentou em relação ao ano anterior de 2,5%, atingindo 88,6 milhões de toneladas os EUA continuam a constante segurar a terceira posição no ranking dos maiores produtores de aço do mundo, depois da China e do Japão.