Imagem do dia
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
Enviar link da notícia por e-mail
Mulher
Gazeta Online (ES): Mulheres invadem a construção civil, um dos setores que mais cresce no Brasil
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Mulher
Mãos à obra, com esmalte nas unhas e com cuidado para colocar o capacete. "Nós temos que manter o nosso lado feminino mesmo estando na obra", afirma uma jovem.
Esse toque feminino é bem vindo à construção civil, principalmente, para o acabamento. "A mulher é mais cuidadosa no acabamento e mais meticulosa. O homem não", concorda a arquiteta Dalva Mattos.
As novas técnicas de construção facilitam o trabalho delas. "Antigamente, para você fazer uma argamassa, você tinha que girar um saco de cimento. Agora, essas argamassas vêm prontas", explica Pedro Zamborlini, do sindicato da construção civil do Espírito Santo.
Na obra de um prédio de 16 andares, cinco mulheres cuidam da administração. O capacete indica que elas estão no comando. "Chega uma pessoa de fora da obra. Eu estou de capacete branco que significa administração. Se tiver do meu lado um pedreiro e ele não está de capacete branco, muito chegam direto no pedreiro e perguntam: 'você é o responsável pela obra?'. Eles nunca acreditam que é uma mulher" , conta a arquiteta Dalva Mattos.
O preconceito diminui à medida que mais mulheres colocam a mão na massa. No ano passado, foram mais de 55 mil contratações. Fátima da Rocha era auxiliar de serviços gerais e trocou a bandeja de onde servia cafezinho por uma marreta. "Pelo salário e pela forma de trabalho. Você está sempre mudando. A cada dia, você aprende uma coisa diferente", ressalta a auxiliar de obra Fátima da Rocha.
Se depender de qualificação profissional, as mulheres devem conquistar ainda mais espaço na construção civil. Um curso na Grande Vitória é uma grande prova. Antigamente, só havia homens. Agora, elas ocupam a metade da turma. Este ano, o número de mulheres matriculadas é cinco vezes maior em relação ao ano passado.
"Ao todo, 91% da procura das mulheres eram para a área de confecções. Hoje, nós temos a informação de que pessoas das confecções estão migrando para a construção civil", afirma o diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Robson Cardoso.
De tijolo em tijolo, elas levantam paredes, aprendem a pintar e muito mais. "Aqui nós ensinamos tudo, desde a parte de fundação até o acabamento", informa uma jovem.
O curso dura um ano. A maioria das mulheres sai dele empregada. "Eles procuram muito as mulheres, porque elas têm mais delicadeza e mais facilidade para pegar as coisas. Se tiver que pegar no pesado, também não tem nenhum problema", diz a estudante Pâmela Coimbra.
G1