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Palavra do Presidente
Agora o desafio é a campanha salarial
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
MIGUEL TORRES
Depois das recentes manifestações no País contra o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização e precariza as relações de trabalho, as grandes categorias de trabalhadores ligadas à Força Sindical, que estão em campanha salarial, enfrentam agora um novo desafio: conseguir fechar bons acordos coletivos com os patrões.
São mais de 3,5 milhões de companheiras e companheiros que estão dispostos a brigar por maiores salários, mais benefícios e melhores condições de trabalho. Precisamos estabelecer prioridades nas negociações. O aumento real de salário se impõe como a principal reivindicação por causa da escalada inflacionária que corroi os rendimentos dos trabalhadores.
Além disso, as lideranças sindicais não podem esquecer de pleitos importantes como redução das horas trabalhadas na semana sem o corte nos salários, rechaçar acordos prevendo a terceirização da mão de obra e exigir a renovação da convenção coletiva, que está prestes a expirar.
As dificuldades encontradas nas negociações com os sindicatos empresariais, que têm se mostrado intransigentes quando a discussão gira em torno do ganho real, mostram que a mobilização e a unidade do movimento sindical serão fundamentais para os trabalhadores alcançarem seus objetivos. Desunidos, desorganizados e sem mobilização, dificilmente os sindicatos conseguirão atender às expectativas das suas bases.
Enquanto tocamos a campanha salarial, temos de manter a mobilização para exigir a derrubada do PL 4330 que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Patrões e seus parlamentares tentam a todo custo passar a proposta na CCJ, a fim de reduzir os direitos trabalhistas.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical