Imagem do dia
[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"] Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]
Enviar link da notícia por e-mail
Paulo Pereira da Silva
Campanha conjunta é capaz de arrancar aumento real
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Paulo Pereira da Silva
Os empresários do setor de brinquedos iniciaram as negociações com os trabalhadores afirmando que não poderiam fechar a convenção coletiva concedendo a reposição integral da inflação, quanto mais aumento real de salário.
Tudo por causa da aceleração dos preços dos alimentos e do petróleo no mercado internacional, o que, segundo eles, provocou redução das margens de lucro das empresas. Como os trabalhadores e o sindicato ameaçaram deflagrar greve foi assinado um acordo prevendo ganho real.
É importante divulgar este exemplo para os companheiros sindicalistas saberem que vão enfrentar uma das mais difíceis campanhas salariais dos últimos anos. Está claro que não há motivo para os empresários se recusarem a negociar e fechar um bom acordo com os trabalhadores.
Usar a inflação como motivo não justifica. Como sabemos, os indicadores mostram que a alta é passageira, além de não ter nada a ver com a economia interna do país.
Mas é lógico que os patrões vão se utilizar de todos os recursos possíveis para endurecer as negociações, vão chorar bastante, alegando que não têm condições de dar um aumento melhor. Ou seja, vão sugerir que os trabalhadores, mais uma vez, paguem a conta da crise provocada pelo descontrole da economia capitalista.
Por isso, a Força Sindical defende a unificação das campanhas salariais de modo que seja possível elaborar uma pauta mínima de reivindicações que atenda aos interesses dos mais de 4 milhões de trabalhadores que têm data-base neste segundo semestre e que estão ligados às centrais sindicais brasileiras.
Temos ainda de debater formas de organização e de pressão para enfrentarmos os patrões no caso de eles endurecerem as negociações, se mostrando irredutíveis em relação à concessão de ganhos reais.
Somos contra a volta da indexação salarial. Achamos ser uma proposta equivocada porque sempre trouxe grandes prejuízos aos trabalhadores. Não dá certo projetar para o futuro a inflação passada.