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Paulo Pereira da Silva
Luta dos trabalhadores reduz a pobreza
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Paulo Pereira da Silva
O governo acaba de divulgar uma pesquisa realizada em seis regiões metropolitanas mostrando que o crescimento da economia está ocorrendo junto com a elevação da renda das famílias em todas as faixas. Isto, conclui a pesquisa, tem provocado uma queda no número de pobres e no aumento dos ricos.
Ainda de acordo com os dados do levantamento, que compreende o período de 1992 a 2008, o crescimento econômico, os ganhos reais do salário mínimo e as políticas públicas como o Bolsa Família foram fundamentais para a redução a pobreza.
Já os ricos, além do crescimento econômico, se beneficiaram dos ganhos de produtividade, que pouco são repassados para os salários. Estamos convencidos que o movimento sindical não pode achar que a elevação da renda das famílias ocorreu por bondade do governo federal.
As iniciativas governamentais para a redução da pobreza de fato vem ocorrendo, porém não na intensidade e na amplitude tão desejadas pelos trabalhadores. O movimento sindical vem há tempos reivindicando um crescimento econômico bem mais vigoroso, com fortes investimentos nos setores que empregam mão-de-obra intensiva.
Além disso, o processo de recuperação do salário mínimo começou por causa da unidade e da pressão das centrais sindicais sobre o governo, exigindo uma política de ganhos reais para o piso nacional.
Agora, na campanha salarial nacional dos mais de 4 milhões de trabalhadores, que têm data-base de julho a dezembro, devemos reforçar a nossa tática de unidade na ação com outras forças políticas. E manter muita pressão sobre o governo e os patrões.
Como pode ser observado, as convenções coletivas firmadas recentemente trazem embutidos aumento real de salário. Estamos convencidos que estes ganhos podem ser ainda maiores se os trabalhadores intensificarem a mobilização.
Mas não só isso. Eles têm de usar todo o arsenal de pressão do movimento sindical para reivindicar reajustes de salários satisfatórios e benefícios econômicos e sociais para todos os trabalhadores.