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Paulo Pereira da Silva
Lutar é preciso porque para os patrões vale tudo
terça-feira, 16 de março de 2010
Paulo Pereira da Silva
Companheiras e companheiros, em alguns momentos da nossa luta pela jornada de 40 horas com a manutenção dos salários chegamos a ter ilusões de que a batalha seria fácil e a PEC 231/95 seria aprovada rapidamente pelos parlamentares. Mas o dia a dia mostrou que estávamos equivocados.
O processo é difícil porque trata-se de uma luta de classes, que envolve interesses econômicos contraditórios entre o capital e trabalho. Ao diminuir o tempo trabalhado, mantendo salário, o empregado tem um ganho real, enquanto o empresário perde dinheiro. Pelo menos no início do processo. Depois ele tem como recuperar as perdas.
Por isso, na historia brasileira, as horas de trabalho foram reduzidas somente por meio de mudanças constitucionais. A luta é dura e o empresariado se utiliza até de medidas ilegais para barrar a aprovação da PEC 231/95. Acabamos de ingressar com denúncia na Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, contra a CNI (confederação dos empresários).
É que a entidade patronal está usando dinheiro do sistema S para custear a campanha contra a redução da jornada de trabalho, cuja proposta de emenda constitucional encontra-se na Câmara à espera de votação. Isto é proibido por lei. Entregamos cópias das campanhas publicitárias que provam a nossa denúncia.
Além disso, precisamos mobilizar os trabalhadores para alcançar o nosso objetivo. Temos que parar o país se for necessário e fazer greves por empresa ou por setor econômico; e denunciar os parlamentares que estão contra a nossa proposta. A PEC tem que ser aprovada ainda no primeiro semestre desse ano.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho
Presidente da Força Sindical e Deputado Federal – PDT/SP