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[caption id="attachment_68591" align="aligncenter" width="2560"] Presidente da Força Sindical reúne-se com sindicalistas da Central em Rodônia[/caption]
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Paulo Pereira da Silva
O debate da crise interessa aos trabalhadores
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Paulo Pereira da Silva
O debate sobre a crise financeira que começou nos Estados Unidos, espalhou-se pela Europa e agora ameaça atingir todo o mundo, inclusive o Brasil, interessa também aos trabalhadores porque atinge o crescimento econômico.Caso haja redução do PIB, aumentará o desemprego, será mais difícil conseguir reajustes de salários, a cesta básica ficará mais cara e vai subir os aluguéis e o custo do financiamento da casa própria.
O Dieese tem afirmado que, num cenário mais otimista, o PIB poderá ainda crescer 3,5% no máximo, em 2009, porque haverá queda das exportações e redução da oferta do crédito, o que vai prejudicar os investimentos no nosso país.Num cenário mais pessimista, a queda do PIB será maior motivada por uma forte recessão mundial. Este ano a economia ainda vai crescer bem por causa da elevação dos salários e do crédito doméstico. Poderá ficar um pouco acima de 5%.Mas a tendência, em qualquer das duas situações, será uma redução no ritmo de criação de novos empregos e mais dificuldades para conquistarmos aumento real nas campanhas salariais. Por isso, os trabalhadores têm de aprofundar o debate político sobre este problema mundial e apresentar propostas para a superação da crise.Há anos, a nossa Central vem defendendo ser necessário que o país elabore um projeto nacional de desenvolvimento que leve em conta maciços investimentos, a juros reduzidos, nos setores de uso intensivo de mão-de-obra. Além disso, é preciso que sejam criados mecanismos de distribuição de renda e de riqueza.O que não podemos admitir é que os trabalhadores paguem mais uma vez pelos erros do capitalismo, que transformou o mundo num grande cassino em que o foco da atividade econômica é a especulação nos mercados de títulos públicos e privados.
Na campanha salarial, vamos exigir a reposição da inflação, aumento real e faremos greve nas empresas que se recusarem a atender nossas reivindicações, como estão fazendo os metalúrgicos, policiais civis de São Paulo e bancários.