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Paulo Pereira da Silva
Queremos crescimento com geração de emprego
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Paulo Pereira da Silva
O objetivo imediato dos trabalhadores é fazer o governo federal aceitar as reivindicações do movimento sindical que visa a proteger o emprego, promover o crescimento econômico e o desenvolvimento do Brasil. Por isso, a Força Sindical e as demais centrais realizarão a 5º Marcha da Classe Trabalhadora, dia 3 de dezembro, em Brasília.
A unidade das centrais possibilitou a redação de um documento , já entregue aos ministros da área econômica e ao presidente Lula, que indica saídas para o país superar os efeito da crise financeira internacional, que são o desemprego e a recessão.
Concordamos com a iniciativa do governo de injetar recursos na economia para aumentar a oferta de crédito, assim como medidas para manter a saúde do sistema financeiro. Mas, para o país não afundar numa recessão, também queremos que sejam instituídas políticas para gerar emprego, distribuir renda e fazer o Brasil crescer.
São itens que fazem parte da "Agenda dos Trabalhadores para o Desenvolvimento", elaborada há mais de um ano pelas centrais sindicais já preocupadas com a falta de políticas que impulsionassem o crescimento e o emprego.
É grande a preocupação dos trabalhadores brasileiros com a economia, pois, historicamente, sempre foram obrigados a pagar os custos das crises. Hoje estamos organizados e unidos para não aceitar a introdução de qualquer medida que nos prejudique. Que os bancos e os especuladores dêem, agora, sua contribuição para o mundo superar os problemas econômicos.
No nosso país, algumas empresas concederam férias coletivas, outras já demitiram e algumas adiaram ou cortaram investimentos. Por isso, sugerimos ao governo que mantenha os investimentos sociais. Além disso, propomos que sejam utilizados recursos do FGTS e FAT para aplicação em saneamento e habitação desde que haja contrapartida social, ou seja, as empresas que receberem dinheiro destes fundos não poderão demitir funcionários.
Além disso, queremos o aumento das parcelas do seguro-desemprego, correção da tabela do Imposto de Renda, diminuição da taxa de juros, fim do fator previdenciário, manutenção da política de valorização do salário mínimo, redução do superávit primário e ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT.